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Domingo - 29 de Abril de 2007 às 09:32
Por: Josi Costa

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Douglas, 17; Jéssica; 15; Alex, 10; Maik, 8; João, 6; Pedro, 4; Luan, 3; Luana Vitória, 1 ano e 4 meses. Esta foi a lista de filhos que a faxineira Roseli Aparecida de Souza, 29, enumerou, quando se restabelecia do 10º filho que nasceu no dia 12 deste mês, às 17h, na Maternidade Santa Helena, em Cuiabá.

Moradora do Loteamento Lagoa Azul, em Várzea Grande, ela só tentou usar pílulas anticoncepcionais, mas suspendeu o uso porque se sentia mal.

Os 10 filhos nasceram de dois relacionamentos; 6 deles de parto normal e todos eles sem pré-natal. Ela foi mãe aos 12 anos, com o pescador Vicente Messias da Silva, com quem viveu 14 anos e teve 7 filhos. Um deles, morreu no 9º mês de gravidez, segundo ela, por esforço durante uma faxina.

Quando foram viver juntos, o pescador tinha 33 e ela, apenas 11. Um ano depois já teve Douglas, 17, o mais velho. A partir daí foi uma gravidez atrás da outra, com intervalo mínimo, com exceção da diferença de 5 anos entre Jéssica e Maik. Quando questionada sobre a falta de planejamento, ela alega que um pouco foi descuido. "O comprimido me fazia mal. Me deixava nervosa", justifica.

Com 6 filhos, a faxineira se separou de Silva e foi viver com o pedreiro Benedito Porfírio, 43. Segundo ela, o pescador não se preocupava com as dificuldades financeiras da família. No entanto, os filhos ficaram com o pai.

Do segundo relacionamento, já nasceram Luan, 3, Luana Vitória de 1 ano e 4 meses e o caçula (que na maternidade ela ainda não sabia que nome dar) que encerrou seu ciclo de procriação. Menos constrangida e mais relaxada, Roseli faz sua análise da situação. "Cuido de criança desde criança. Vim de uma família de 12 irmãos", revela a paranaense.

"Quando fui morar com meu primeiro marido cuidei de um filho dele de apenas 3 meses. Eu tinha só 11", completa.

Apesar da experiência com crianças, Roseli admite que isso não basta. "A única coisa que eu não sei é roubar, traficar e me prostituir, mas pelos meus filhos eu não sei", insinua.

Ela também responsabiliza Deus pela família numerosa. "Tanta gente quer ter filho e não pode. Já o pobre, Deus enche de filho", comenta. Na maternidade, Roseli estava sozinha. Nem o marido sabia que ela já havia dado à luz porque havia ficado em casa para cuidar dos 2 filhos do casal. Com o terceiro filho para alimentar apenas com o pouco que o marido ganha como pedreiro, Roseli confidencia: "Me preocupa se eles vão ter alimento, educação, saúde". "Quando a cabeça não pensa, o corpo padece", finaliza.





Fonte: Gazeta Digital

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