Faxineira faz cirurgia após a 10ª gravidez
Moradora do Loteamento Lagoa Azul, em Várzea Grande, ela só tentou usar pílulas anticoncepcionais, mas suspendeu o uso porque se sentia mal.
Os 10 filhos nasceram de dois relacionamentos; 6 deles de parto normal e todos eles sem pré-natal. Ela foi mãe aos 12 anos, com o pescador Vicente Messias da Silva, com quem viveu 14 anos e teve 7 filhos. Um deles, morreu no 9º mês de gravidez, segundo ela, por esforço durante uma faxina.
Quando foram viver juntos, o pescador tinha 33 e ela, apenas 11. Um ano depois já teve Douglas, 17, o mais velho. A partir daí foi uma gravidez atrás da outra, com intervalo mínimo, com exceção da diferença de 5 anos entre Jéssica e Maik. Quando questionada sobre a falta de planejamento, ela alega que um pouco foi descuido. "O comprimido me fazia mal. Me deixava nervosa", justifica.
Com 6 filhos, a faxineira se separou de Silva e foi viver com o pedreiro Benedito Porfírio, 43. Segundo ela, o pescador não se preocupava com as dificuldades financeiras da família. No entanto, os filhos ficaram com o pai.
Do segundo relacionamento, já nasceram Luan, 3, Luana Vitória de 1 ano e 4 meses e o caçula (que na maternidade ela ainda não sabia que nome dar) que encerrou seu ciclo de procriação. Menos constrangida e mais relaxada, Roseli faz sua análise da situação. "Cuido de criança desde criança. Vim de uma família de 12 irmãos", revela a paranaense.
"Quando fui morar com meu primeiro marido cuidei de um filho dele de apenas 3 meses. Eu tinha só 11", completa.
Apesar da experiência com crianças, Roseli admite que isso não basta. "A única coisa que eu não sei é roubar, traficar e me prostituir, mas pelos meus filhos eu não sei", insinua.
Ela também responsabiliza Deus pela família numerosa. "Tanta gente quer ter filho e não pode. Já o pobre, Deus enche de filho", comenta. Na maternidade, Roseli estava sozinha. Nem o marido sabia que ela já havia dado à luz porque havia ficado em casa para cuidar dos 2 filhos do casal. Com o terceiro filho para alimentar apenas com o pouco que o marido ganha como pedreiro, Roseli confidencia: "Me preocupa se eles vão ter alimento, educação, saúde". "Quando a cabeça não pensa, o corpo padece", finaliza.
Comentários