Explosão de carro-bomba mata 55 no Iraque
"Pelo menos 55 pessoas morreram e há dezenas de feridos, entre elas muitas mulheres e crianças", disse Salim Kazim, porta-voz do governo em Kerbala, à agência France Presse.
Restos de um veículo em chamas após explosão em área comercial de Kerbala A explosão ocorreu em uma área comercial que, no momento do atentado, estava lotada de frequentadores, na mesma área em que outro carro-bomba explodiu no dia 14 de abril, matando 47 e ferindo 224 pessoas. A região tem um grande afluxo de religiosos, porque concentra dois santuários importantes para os xiitas: Abbas e do imã Hussein.
A televisão iraquiana mostrou um grande cortina de fumaça se elevando da rua e ambulâncias carregando os feridos. Um homem carregava o corpo carbonizado de uma pequena garota, enquanto corria.
"Um carro entrou no posto de segurança do templo e explodiu no meio de uma multidão. Lojas foram destruídas e dezenas de carros pegaram fogo", afirmou Jasim Najim, um comerciante local.
Uma testemunha afirmou que estava a 40 metros do bomba quando o artefato explodiu e que seu irmão e seu primo estavam desaparecidos.
"Eu vi dezenas de pessoas caindo no chão e o mesmo aconteceu comigo. Eu exijo um julgamento para as pessoas responsáveis pela segurança em Karbala, a cerca de 100 km da capital Bagdá. Eles falharam em prevenir os atentados. Eu me arrependo de ter votado naqueles traidores que apenas cuidam de seus interesses, e não das pessoas que votaram neles", disse Qassim Hassan, da cama do hospital para onde foi transportado.
O vendedor local Ali Mohammed afirmou que ouviu a detonação da bomba e que foi carregado pelo impacto da explosão. "Quando abri meus olhos, eu estava no hospital com minhas pernas e meu pescoço queimados", afirmou.
Na sexta-feira, um suicida dirigindo um caminhão carregado de explosivos atacou a residência de um chefe de polícia local no enclave de insurgentes sunitas na Província de Anbar, matando nove militares e seis civis, informou as forças armadas dos EUA, em boletim divulgado hoje.
Nenhum grupo insurgente assumiu responsabilidade até o momento pela explosão deste sábado. As suspeitas recaem sobre a organização Al Qaida, responsável por alguns dos atentados mais mortais ocorridos no país.
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