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Agronegócios
Quinta - 11 de Abril de 2013 às 20:34

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O grupo operacional de emergência fitossanitária formado por fiscais da Adab, Agência de Defesa Agropecuária da Bahia, está percorrendo fazendas em todo o oeste do estado.

A ação é fruto de uma parceria com o Ministério da Agricultura e entidades do setor agrícola e busca reduzir as perdas na safra atual causadas pela lagarta helicoverpa armigera, que se alimenta principalmente da flor do algodão e a maçã da planta. No caso da soja, ela come a vagem em formação.

O ciclo do algodão deve durar mais um mês. Neste momento, a maior preocupação dos produtores é a migração da helicoverpa das lavouras de algodão já destruídas pela praga, para as plantações que ainda resistem ao ataque.

De acordo com os técnicos, as perdas até agora chegam a 50 arrobas por hectare no caso do algodão e até 20 sacas por hectare no caso da soja.

A lagarta helicoverpa armigera é considerada praga quarentenária, já que nunca foi registrada no país e porque pode causar grandes danos econômicos. Os inseticidas hoje existentes no mercado não têm conseguido controlar a praga, que se alimenta de várias culturas, inclusive do algodão transgênico, que foi desenvolvido para resistir ao ataque de lagartas.

Para resolver o problema, o Ministério da Agricultura autorizou em caráter emergencial o uso do princípio ativo chamado benzoato de emamectina, que está sendo importado para aplicação na Bahia.

Esta decisão passou por cima de um parecer da Anvisa. Em 2007, o benzoato teve seu registro negado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária por ser considerado tóxico para o sistema neurológico.

Agora, o pedido para usar o benzoato de emamectina partiu dos próprios produtores, mas tanto a Anvisa quanto o Ibama foram contra o registro emergencial do produto.

Em uma das reuniões do CTA, comitê técnico de assessoramento para agrotóxicos, formado pela Anvisa, Ibama e Ministério da Agricultura, ficou decidido que não há elementos que justifiquem o uso do benzoato de emamectina para o controle da praga, como registro emergencial.

A Anvisa afirma que trabalhos no Brasil atestam a eficiência de outros produtos para combater a lagarta. O CTA conclui: não há subsídios para se posicionar sobre a autorização de uso do benzoato.

Apesar das ponderações do comitê, o Ministério da Agricultura decidiu autorizar o uso do produto, com base na legislação de emergência fitossanitária, mas o governo diz que vai adotar medidas de controle de uso.

Em nota, o Ibama confirma que não há consenso para o registro emergencial do produto com base na legislação sobre agrotóxicos. A Anvisa não quis se manifestar sobre o assunto.






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