Mercado esfria e dólar avança sustentado por BC
A moeda norte-americana subiu 0,30% e encerrou a R$ 2,027. Na véspera, o dólar havia caído para o menor valor desde fevereiro de 2001, a R$ 2,021.
"Os indicadores, que foram muitos e bastante consistentes (na véspera), hoje não estão da mesma forma. Os indicadores externos, principalmente dos EUA, não têm muitas coisas, e a bolsa (de São Paulo) está em campo negativo com a realização de lucros", disse Carlos Alberto Postigo, operador de câmbio da corretora Action.
Uma série de dados econômicos e lucros animadores de empresas norte-americanas deram impulso na véspera aos mercados estrangeiros, o que fortaleceu a entrada de dólares no País - já engrossada pela aquisição da rede de supermercados Atacadão pelo Carrefour - e derrubou a cotação da moeda.
A cautela dos investidores antes dos dados trimestrais do PIB dos Estados Unidos na sexta-feira, porém, segurava a alta em Wall Street com mais um dia de lucros acima das expectativas.
Para Gustavo Cunha, operador de derivativos do Rabobank, a cotação da moeda foi sustentada pela atuação da autoridade monetária. "(O BC) veio com swap maior do que nos últimos dias, e o leilão de compra deve ter comprado bastante. Comprou boa parte do fluxo", disse.
O Banco Central realizou na primeira metade da sessão mais um leilão de swap cambial reverso. A operação, que vendeu a oferta total de contratos, teve um volume financeiro equivalente a US$ 600,7 milhões, ante cerca de US$ 400 milhões no leilão da véspera.
A autoridade monetária realizou pelo terceiro dia seguido um leilão de compra de dólares no mercado à vista perto do fim da sessão. Mesmo com a expectativa por uma atuação mais imprevisível do BC, apenas na segunda-feira a rotina dos últimos meses foi quebrada e a operação foi realizada pela manhã.
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