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Saúde
Quinta - 26 de Abril de 2007 às 13:53

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O estudo de dois anos mediu o impacto da intervenção comportamental intensiva em crianças pequenas e encontrou mudanças positivas nas habilidades de linguagem, motoras e de interação social.

O processo envolve aulas particulares em casa durante 25 horas semanais por um período de dois anos.

Os resultados mostram que os níveis de QI aumentaram em dois terços das crianças. Esse aumento foi “muito substancial” para mais de 25% delas.

Trabalho duro

Uma das crianças autistas, por exemplo, teve o QI aumentado de 30 para 70.

“Na prática, as mudanças positivas que observamos no QI, na linguagem e nas habilidades de vivência diária podem fazer uma diferença real para as vidas futuras de crianças com autismo”, disse Bob Remington, vice-presidente da Escola de Psicologia da Universidade de Southampton, que realizou o estudo.

Mas ele alertou que os pais e crianças que embarcam nesse tipo de tratamento precisam estar preparados para trabalhar duro.

“Vinte e cinco horas de terapia em casa por semana é um grande compromisso para crianças e para os pais”, disse.

“Antes do começo do estudo nós estávamos nos perguntando se um trabalho tão intensivo poderia aumentar as demandas emocionais e psicológicas da criação de uma criança, já que para ensinar habilidades básicas é preciso muita dedicação e paciência, e a organização familiar precisa se adaptar à presença constante dos tutores”, disse.

Cautela

Mas, segundo ele, os pais estavam prontos para o desafio.

“As razões são claras: é mais difícil ficar sem ajuda do que se envolver no ensino, e na maioria dos casos os pais observaram melhoras rápidas nas habilidades e no comportamento dos filhos”, disse Remington.

A Sociedade Nacional de Autismo recebeu o estudo com cautela.

“Como a natureza do autismo é tão complexa, muitas intervenções foram desenvolvidas ao longo dos anos com muitas alegações de que são efetivas, enquanto poucas intervenções foram avaliadas de forma independente ou científica”, disse um porta-voz da organização.

“É vital que pessoas afetadas pelo autismo tenham acesso a informação confiável sobre os métodos que possam resolver suas necessidades individuais”, disse.





Fonte: BBC Brasil

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