Justiça ouve testemunhas do caso Ubiratan; promotor acusa namorada
Na saída do fórum, o promotor do caso, Luiz Fernando Vaggione, afirmou que Cepollina mentiu em seu depoimento à Polícia Civil. Segundo ele, a advogada disse que o celular do coronel estava desligado quando ela deixou o apartamento dele e que, ainda assim, telefonou para o namorado às 20h34, da região da 23 de Maio (zona sul de São Paulo).
De acordo com o promotor, no entanto, um rastreamento revelou que o telefonema partiu da região do prédio do coronel, e não da 23 de Maio.
Os defensores de Cepollina não foram encontrados para comentar a declaração.
Os depoimentos duraram pouco mais de quatro horas. Segundo o TJ (Tribunal de Justiça) de São Paulo, "as cinco testemunhas de acusação ouvidas mantiveram a versão dada na fase de inquérito policial". Outras duas testemunhas deveriam ter sido ouvidas, mas uma foi dispensada e outra não compareceu.
Acusação
Carla responde a processo por homicídio duplamente qualificado --por motivo fútil (ciúme) e recurso que impossibilitou a defesa da vítima --Ubiratan estava desarmado. Para o promotor do caso, ela cometeu o crime "por vingança, ao ver-se rejeitada".
Crime
Comandante da operação conhecida como massacre do Carandiru, que resultou na morte de 111 presos em 1992, Ubiratan foi baleado em seu apartamento, nos Jardins (zona oeste de São Paulo). O crime ocorreu no dia 9 de setembro, mas o corpo foi encontrado na noite seguinte, enrolado em uma toalha.
Segundo a polícia, o coronel foi morto com um tiro de uma de suas armas --um revólver calibre 38 que não foi encontrado no local do crime.
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