Oferta de emprego cresce 36% em Mato Grosso
No primeiro trimestre do ano passado Mato Grosso empregou 64.324 trabalhadores e demitiu 51.066, um saldo de 13.258. Os números mostram que a situação é bem melhor em 2007, acompanhando uma tendência nacional. O resultado no Brasil é o melhor da série histórica para o mês de março. No primeiro trimestre de 2007 foram criados 399 mil postos, também o melhor desempenho desde 1992.
A agropecuária é a área de Mato Grosso que mais empregou no mês de março deste ano, com 7.018 contratações. Em seguida vem o comércio que contratou 5.845 trabalhadores. Mas o número de demissões também foi alto nessas áreas, com variação de emprego em 1,31% e 0,17%, respectivamente.
A melhor performance no nível de emprego foi na área de extração mineral, que contratou 138 trabalhadores em março deste ano e demitiu apenas 55, uma variação de nível de emprego de 3,71%.
Nos últimos 12 meses, entre março de 2006 e março deste ano, foram contratados 234.492 trabalhadores em Mato Grosso e desligados 225.495. O saldo positivo na balança de empregos formais é de 8.997. Nessa avaliação, 2007 mostra crescimento de mais de 200% se comparado ao ano passado.
Em março de 2006, uma avaliação dos últimos 12 meses no Estado, mostrava 231.719 contratações e 239.731 demissões, um saldo negativo de -8.012 empregos.
Em março de 2007 os maiores números de contratações ficaram com o comércio e a agropecuária. Mas essas áreas também mantiveram os maiores índices de demissões. O melhor resultado na balança de contratações e demissões ficou com a indústria de transformação, que possui o maior saldo de trabalhadores empregados nos últimos 12 meses.
O Brasil gerou 146.141 novos empregos formais em março deste ano, o que corresponde a uma elevação de 0,52% no estoque de empregos do país. Este resultado é o melhor já registrado no mês de março na série histórica do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta quarta-feira pelo ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi.
Segundo o ministro, o bom resultado se deve à política governamental de redução dos juros e ao Programa de Aceleração do Crescimento que, embora as obras não tenham começado, induz as empresas a investir. "Isso começa a gerar uma série de serviços, que giram em torno do estado como locomotiva. Esse crescimento econômico da indústria começa a ser um fator constante", ressaltou Lupi.
No primeiro trimestre de 2007, foram criados 399.628 empregos (1,44%), o que corresponde, também, ao maior crescimento absoluto da série histórica. O melhor resultado anterior foi alcançado em 2004, quando foram abertos 347.393 postos, correspondendo a um aumento de 1,47% no estoque de empregos. "Estamos tendo um crescimento nesses três meses como nunca tivemos antes", afirmou o ministro.
O saldo positivo entre admissões e desligamentos de março deste ano foi 91% maior ao ocorrido em março de 2006 (76.455 empregos celetistas) e 35% maior que o verificado em março de 2004 (108.212 postos). Nos últimos 12 meses, a variação acumulada atingiu 4,81%, que corresponde a 1.288.611 novos postos de trabalho. Desde janeiro de 2003, foram criados no Brasil 5.051.004 novos postos de trabalho, com carteira assinada.
Todos os setores e subsetores de atividade econômica apresentaram elevação no nível de emprego em março. Os que mais contribuíram para o resultado positivo, em termos absolutos, foram os serviços (56.527 postos de trabalho ou 0,50%) e a Indústria de Transformação (40.538 postos ou 0,62%). O desempenho do Comércio e da Agricultura também foi positivo, sendo que o primeiro gerou 12.868 e, o segundo, 11.346 postos - que teve também o melhor resultado do mês de março da série.
Já em termos relativos, o setor que mais se destacou foi a Construção Civil, com um crescimento de 1,26% no estoque de empregos (+17.253 postos). O resultado reflete medidas de estímulo ao setor pelo governo federal. Note-se que o crescimento relativo do emprego formal na Construção Civil, no primeiro trimestre deste ano (+2,55%), foi bastante superior ao crescimento verificado para o total das atividades (1,44%), constatação reforçada pelo crescimento dos últimos 12 meses (+6,03%, no caso da Construção Civil, e +4,81%, para o total das atividades).
Segundo o Caged, houve expansão do número de trabalhadores celetistas em praticamente todas as regiões. Merecem destaque as regiões Sudeste (+106.869 postos ou +0,69%) e Sul (+33.767 postos ou +0,64%). A exceção ficou a cargo da região Nordeste que, por motivos sazonais relacionados ao complexo sucroalcooleiro, continuou a apresentar resultados negativos: em março registrou-se perda de 11.831 empregos com carteira assinada (-0,29%).
Os estados com desempenho mais favorável foram São Paulo, que registrou o maior número de vagas criadas (+67.223 ou +0,73%), seguido por Minas Gerais (+24.043 ou +0,80%) e pelo Paraná (+20.090 ou +1,07%). Em Alagoas, porém, ocorreu eliminação de 16.545 postos (-6,56%).
As Regiões Metropolitanas de Salvador, Fortaleza, Belo Horizonte, Belém, Recife, Curitiba, Rio de Janeiro, Porto Alegre e São Paulo apresentaram crescimento de 0,48% em março, um incremento de 55.335 postos de trabalho. Já os municípios do interior dos estados desses aglomerados urbanos apresentaram expansão de 0,79% ou aumento de 81.845 vagas. O maior número de empregos no interior está associado, predominantemente, à cadeia sucroalcooleira da região centro-sul do país, que, nesse período do ano, está em fase de expansão das contratações.
No interior dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná, por exemplo, foram criados 39.407, 16.797 e 15.930 empregos com carteira de trabalho, respectivamente. No caso das Áreas Metropolitanas, o destaque foi São Paulo, que respondeu pela criação de 27.816 empregos.
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