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Cidades/Geral
Quinta - 26 de Abril de 2007 às 08:46

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Segundo relatório da Comissão Pastoral da Terra (CPT), o número de acampamentos em Mato Grosso caiu de 19, em 2003, 1º ano do governo Lula, para apenas 4, em 2006.

O agente da Pastoral, Adair Alves Moreira, diz que a redução de acampados, em 2006, se deve à falta de esperança na reforma agrária e vê o "êxodo" como alerta para aumento da violência e criminalidade urbanas.

Moreira diz que os processos de desapropriação de terras não avançaram. Segundo ele, as 9 mil famílias que o Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) diz ter assentado ano passado já viviam nas áreas e o que houve foi apenas a regularização da situação. "A situação é de estagnação", resume, ao insistir na necessidade de articulação dos movimentos pela Reforma Agrária.

O agente garante que 30% dos 3 milhões de hectares de terras públicas de MT são suficientes atender cerca de 20 mil famílias que estariam acampadas à beira de rodovias. Em quatro anos, apenas 39 famílias do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) foram assentadas, segundo ele. "Há muita terra na mão de especuladores", diz.

Os posseiros, Cláudio Souza dos Reis, 50, e José Roberto Tranquilo, 30, da Área Cooper-Roosevelt, em Colniza, foram assassinados no dia 28 de agosto do ano passado. Segundo a CPT, Mato Grosso foi o único Estado com mortes de trabalhadores em conflitos agrários, em 2006. "Vemos esse relatório há 5 anos e é sempre o mesmo", lamenta.





Fonte: Mato Grosso On-line

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