Alvim vende palestra em site e critica a Justiça no Orkut
O Ipej foi citado várias vezes nas conversas grampeadas pela PF com autorização judicial. Em uma delas, em 28 de novembro de 2006, na sala de Alvim no Tribunal Regional Federal da 2ª Região, o desembargador disse que não era o representante legal do Ipej, mas sim sua filha, Luciana Carreira Alvim Cabral, e seu genro. Segundo a PF, era o magistrado quem administrava a instituição, onde passava grande parte do dia cuidando dos cursos e de contatos com professores.
Em 13 de abril, quando foi desencadeada a Operação Hurricane (Furacão), a sala do magistrado no instituto, situado na Avenida Rio Branco, no centro da capital fluminense, foi alvo de buscas dos agentes federais.
Em conversa telefônica com Silvério Júnior também em 26 de novembro de 2006, Alvim, numa aparente demonstração de seu poder no instituto, disse: “O Itaú fica com a Maria Tereza, ou seja, o curso de juiz. A Caixa Econômica fica para conta geral, e o Banco Real fica para as contas do curso e dos livros”. Na mesma conversa, o desembargador afirmou que o dinheiro dos livros deveria ser depositado em sua conta. Ontem, quem acessasse o site do magistrado era redirecionado ao do Ipej. O diretor-geral do Ipej continua preso. O interrogatório dos réus começa hoje e vai até 7 de maio.
Orkut
No Orkut, site de relacionamentos, Alvim diz que “a Justiça neste País é realmente uma coisa lamentável”. A declaração foi feita no final da noite de anteontem, em troca de mensagens com outro integrante do site, que aparentemente o questionava sobre ter interrompido o curso de Direito. Alvim disse “não ser a pessoa mais indicada no momento para responder”.
O desembargador se classifica no site como “consciente de sua responsabilidade social”. Ele também participa da comunidade “Sou fã do Dr. Ricardo Regueira”, outro dos presos pela PF acusado de integrar esquema de venda de sentenças. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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