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Nacional
Quinta - 26 de Abril de 2007 às 03:31

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Documentos do Ministério Público Federal (MPF) fazem uma análise detalhada da anatomia da organização supostamente envolvida em venda de sentenças judiciais em favor de bingos e empresas devedoras do Fisco. A investigação que deflagrou a Operação Têmis, na semana passada, aponta o advogado Luís Roberto Pardo como principal articulador do esquema que envolveria desembargadores do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF-3), juízes federais de primeira instância, empresários, lobistas, funcionários da Receita, contadores e até policiais civis.

Dos 43 alvos investigados pela missão federal, 13 integram o núcleo principal da suposta quadrilha. Pardo, por exemplo, teve diversos encontros filmados pela PF com a juíza federal Maria Cristina Curkierkorn em cafés e restaurantes. A intimidade era tanta que, segundo o inquérito, o Nextel da juíza foi dado pelo advogado - o mesmo aconteceu com o juiz federal Djalma Moreira Gomes. Os dois magistrados são suspeitos de venderem decisões.

Nas 69 páginas em que sustenta o pedido de prisão preventiva de todos envolvidos, negada pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Félix Fischer, o subprocurador-geral da República Francisco Teixeira esmiúça as relações entre eles e coloca pelo menos 22 deliberações sob suspeita. Numa delas, o MPF identificou processo em que a desembargadora Alda Basto abriu caminho para que uma empresa tentasse levantar crédito relativo ao Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) no montante de R$ 214, 2 milhões. As informações são de O Estado de S.Paulo.





Fonte: AE

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