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Economia
Quarta - 25 de Abril de 2007 às 09:18

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O Itamaraty trabalha para evitar que o país seja surpreendido novamente pelo governo Evo Morales e reviva, no dia 1º de maio, a ocupação dos ativos da Petrobras em território boliviano pelo exército do país vizinho.

Paralelamente, o governo brasileiro busca novos parceiros na área de energia. Quer reduzir a dependência do gás natural da Bolívia, que hoje representa metade do consumo no Brasil (26 milhões de metros cúbicos por dia). - Independência não é só auto-suficiência. Tem que se caminhar para a diversificação de fornecedores - disse ontem o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. Uma das principais apostas do governo é aumentar a presença do gás natural liquefeito (GNL) na matriz energética brasileira.

O Ministério das Relações Exteriores prospecta parcerias nos principais países produtores do combustível. Em 2005, o Itamaraty abriu uma embaixada no Catar, detentor da terceira maior reserva de gás natural do mundo. Em outras frentes diplomáticas, a chancelaria brasileira procura oportunidades em Trinidad e Tobago, Nigéria e Líbia. Segundo Amorim, o Brasil prepara uma missão à Argélia.

No Dia do Trabalho fará um ano que Morales anunciou a nacionalização das reservas e do processo produtivo de gás natural. Num ato simbólico, mandou as tropas invadirem as instalações da estatal brasileira.

A ação indignou a opinião pública e a sociedade, criando um problema para o governo Lula. Como as negociações entre Petrobras e Bolívia sobre a indenização pela perda do controle de ativos ainda não foi concluída, empresários e parte do governo levantaram a hipótese de Morales usar novamente a data para endurecer as negociações. Na semana passada, Lula deixou claro que não aceitará que a Petrobras deixe de receber indenização justa.





Fonte: Editoria Política

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