ONU acusa governo somali de barrar ajuda humanitária
A ONU afirma que mais de 320.000 dos 2 milhões de habitantes da capital somali, Mogadiscio, fugiram das suas casas desde fevereiro, levando a colunas de refugiados nas estradas, que se dirigem a campos esquálidos onde existe pouca alimentação, não há abrigo e as doenças se propagam. A Somália sofre a pior crise humanitária da sua história recente, diz a ONU.
Mas o fraco governo de transição faz questão de inspecionar todos os carregamentos de comida e remédios da ajuda humanitária, retendo no caminho um meio potencial para salvar vidas, alertaram funcionários europeus e americanos.
A ONU, a União Européia (UE) e o embaixador americano responsável pela Somália e o Quênia fizeram apelos ao presidente da Somália, Abdullahi Yusuf, e ao primeiro-ministro, Ali Mohamed Gedi, em cartas nos últimos trinta dias, para que o governo abrande as restrições à entrega da ajuda aos refugiados.
"Os esforços das agências internacionais em ajudar às pessoas atingidas pela guerra estão sendo comprometidos, de uma parte pelas milícias que saqueiam os suprimentos e tratam com violência os trabalhadores humanitários, e de outra parte pelos obstáculos administrativos impostos pelo governo federal de transição", escreveu o embaixador da Alemanha no Quênia, em nome da União Européia, em uma carta de 20 de abril a Yusuf.
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