MCT propõe parceria de rede de pesquisa com Centro de Pesquisa do Pantanal

Com o objetivo de montar uma rede de pesquisa científica e tecnológica para o uso e conservação do Cerrado, o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), em parceria com o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e instituições de ensino e pesquisas de estados brasileiros onde o bioma Cerrado está presente, propôs a criação da rede de pesquisas Com Cerrado, indicando o Centro de Pesquisa do Pantanal (CPP) para a execução da estruturação da Rede.

A escolha do CPP deve-se ao reconhecimento de sua excelente atuação na montagem e gestão de projetos multidisciplinares e multiinstitucionais, além de ser parceiro da Rede Com Cerrado.

Desde 2004, o MCT mantém com o CPP um termo de parceria para o desenvolvimento de uma rede de pesquisas para o bioma Pantanal, desenvolvendo pesquisas científicas nas áreas de pesca, pecuária e bioprospecção, mediante a integração de mais de cem pesquisadores de diversas instituições do Mato Grosso e de Mato Grosso do Sul. Entre elas, destacam-se as universidades Federal do Mato Grosso (UFMT) e Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), Estadual do Mato Grosso do Sul (UEMS), do Estado do Mato Grosso (Unemat), para o Desenvolvimento do Estado e Região do Pantanal (Uniderp), Católica Dom Bosco (UCDB), bem como a Embrapa Pantanal e as Fundações de Amparo à Pesquisa (FAPs) estaduais.

Além disso, o projeto vem possibilitando a geração e a difusão de novos conhecimentos e tecnologias, assim como a formação de recursos humanos e subsídios aos tomadores de decisão sobre políticas públicas para a sustentabilidade do Pantanal, tendo sempre em mente a melhoria da qualidade de vida das comunidades locais. O bioma Cerrado atinge uma área de aproximadamente de 2,1 milhões de km2, abrangendo parte dos estados do Maranhão, Bahia, Piauí, Tocantins, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Paraná e do Distrito Federal, com alta biodiversidade - aproximadamente 60 mil espécies entre plantas, animais e fungos.

Estima-se que cerca de 40% das plantas com flores do Cerrado são endêmicas. No entanto, nas últimas décadas esse tipo de vegetação vem sofrendo uma inversão de sua cobertura vegetal devido a atividades agropecuárias, carecendo de conhecimento científico e tecnológico para a conservação e gestão sustentável dos seus recursos naturais. (Site do MCT)