Ataque a campo de petróleo mata ao menos 74 na Etiópia
O ataque foi cometido contra as instalações da Agência de Exploração de Petróleo Zhongyuan, situada em Abole, um povoado a 120 km de Jijiga, a capital do Estado somali, na região de Ogaden, informou a agência de notícias Nova China.
"Foi um assassinato a sangue frio, um massacre", afirmou Berekat Simon, porta-voz do primeiro-ministro Meles Zenawi.
"Trata-se de um ato terrorista, ordenado por uma aliança terrorista que inclui a ONLF", acrescentou, em referência ao grupo separatista Frente de Libertação Nacional Ogaden.
"Sete chineses continuam prisioneiros. É possível que também tenham seqüestrado etíopes, estamos tentando averiguar os nomes", declarou Berekat.
"Depois de ter analisado cuidadosamente a situação, o Exército etíope perseguirá os autores e os entregará à justiça", acrescentou.
A China expressou sua firme condenação ao ataque, confirmado pela embaixada desse país na Etiópia. Lui Jianchao, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores de Pequim, acrescentou que um cidadão chinês ficou levemente ferido.
O chanceler chinês Li Zhaoxing conversou por telefone com o colega etíope, Seyum Mesfin, e trataram de assuntos de interesse comum.
Segundo a Nova China, cerca de 200 homens armados lançaram uma ataque repentino contra as instalações da companhia. "Trinta e sete chineses estavam no lugar junto com mais de 120 empregados etíopes", afirmou a agência.
A Etiópia não é um país produtor de petróleo, apesar de, nos últimos anos, ter concedido licenças de exploração a algumas companhias.
Em março de 2006, o Ministério de Minas e Energia realizou uma oferta pública para explorar as jazidas de gás de Calub em Ogaden, que contariam com importantes reservas.
Em abril do mesmo ano, a ONFL afirmou que não "toleraria" a exploração de gás na região enquanto seu direito fundamental à autodeterminação fosse negado.
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