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Economia
Segunda - 23 de Abril de 2007 às 16:55

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O governador Blairo Maggi inicia nesta semana uma extensa agenda nos Estados Unidos, onde participará, junto com empresários, parlamentares e secretários de Estado, de encontros e fórum. Maggi apresentará oportunidades de investimentos em Mato Grosso, com ênfase na produção agrícola e indústrias de transformação, e das ações ambientais desenvolvidas no Estado.

O primeiro compromisso de Maggi é no dia 27 de abril, em Nova Iorque, quando comparece ao Simpósio “Brasil: 27 países, uma Nação”, organizado pelo Fórum das Américas e Council of the Americas, entidades presididas, respectivamente, pelos empresários Mário Garnero e David Rockefeller.

Ainda em Nova Iorque, no dia 30, no Fórum de Desenvolvimento Sustentável 2007, promovido pela Organização das Nações Unidas –Brasil, o governador será um dos palestrantes do painel “Amazônia: conservação e exploração racional”. Maggi vai expor as ações que o Governo de Mato Grosso vem desenvolvendo no sentido de compatibilizar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental.

O Fórum de Desenvolvimento Sustentável é voltado a empresários, políticos, representantes estatais e acadêmicos, e será composto por outros dois painéis principais: as vantagens do etanol e do biodiesel e reflexão sobre o futuro do meio ambiente.

Acompanham o governador aos Estados Unidos os secretários de Estado Terezinha Maggi, de Trabalho, Emprego, Cidadania e Assistência Social; Luiz Henrique Daldegan, de Meio Ambiente; de Administração, Geraldo de Vitto Jr.; e o vice-presidente da Assembléia Legislativa de Mato Grosso, deputado Dilceu Dal Bosco.

Nos dois eventos também estão previstas a participação de mais sete governadores brasileiros: Aécio Neves (MG), Luiz Henrique da Silveira (SC), Marcelo Déda (SE), Roberto Requião (PR), Wellington Dias (PI), Eduardo Braga (AM) e André Puccinelli (MS).

FÓRUM

Na palestra que fará em Nova York, Maggi mostrará que, apesar da imagem negativa que se formou sobre Mato Grosso no mundo, devido à preocupação da comunidade internacional com o aquecimento global e a preservação da Amazônia, o Estado promoveu avanços significativos na gestão da sua política ambiental que já apresentam resultados concretos, como a redução dos desmatamentos e das queimadas e a aplicação de uma legislação bastante restritiva no que diz respeito ao uso dos recursos naturais. Um dos exemplos nesse sentido é a recente parceria firmada entre o Governo do Estado, produtores rurais e ONGs para o processo de regularização ambiental das propriedades e das atividades produtivas do setor agrícola, especificamente das culturas anuais de soja e de cana-de-açúcar em Mato Grosso.

Durante a assinatura dos protocolos, Maggi aproveitou para enfatizar que a imagem que foi vendida de Mato Grosso, em relação ao meio ambiente, não é a realidade. “Mato Grosso tem 36% do território alterado com atividades econômicas. Até 1988 já tinham sido desmatados 22%. Entre 1988 e 2006 houve o acréscimo de 14%, mas dentro do atual governo apenas 3,7%. Tivemos nossos problemas, mas a pressão que veio sob Mato Grosso foi muito grande e tão intensa que não adiantava justificar”.

Maggi reforçou ainda, que o Estado está começando de novo e que não irá fugir de suas responsabilidades, mas enfatizou que a parte que Mato Grosso precisa realizar na questão ambiental, em comparação a outros países, é muito pequena. “O lucro final que queremos é um Estado que seja grande produtor, economicamente forte, socialmente justo e ambientalmente correto”, apontando ainda a importância das parcerias e a meta de retirar o nome de Mato Grosso da lista de Estados ambientalmente não corretos.

Representantes das ONGs signatárias consideram os protocolos um passo importante rumo a um novo tipo de tratamento das questões ambientais no Estado, dividindo as responsabilidades entre todos os atores envolvidos, possibilitando a melhoria das práticas agrícolas, ambiental e social para Mato Grosso, conforme afirmaram dirigentes do Instituto Socioambiental (ISA), Instituto de Pesquisas Ambientais da Amazônia, The Nature Conservancy (TNC), Instituto Centro de Vida (ICV) e do Instituto dos Povos, Cultura e Natureza Sustentável (Amaterra).

Com um território privilegiado que abriga três importantes biomas – Amazônia, Cerrado e Pantanal -, Mato Grosso possui hoje uma das legislações ambientais mais rígidas no que diz respeito ao uso dos recursos naturais. No Cerrado, a área de reserva legal nas propriedades é de 35%, e na floresta amazônica de 80%, enquanto no país esses percentuais são de, respectivamente, 20% e 50%.

Maggi tem reiterado também que Mato Grosso, pela alta produtividade de sua agricultura, pode aumentar sua produção sem avançar sobre novas áreas de floresta, mas também tem defendido uma política compensatória para o estado nos moldes dos créditos de carbono. Mato Grosso, pela sua proposta, teria compensações financeiras pelas áreas de floresta que mantivesse intactas.





Fonte: 24HorasNews

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