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Agronegócios
Segunda - 23 de Abril de 2007 às 09:41

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A safra brasileira de café 2007/08 deve ser de 32,065 milhões de sacas de 60 quilos, das quais 22,3 milhões (69,5%) de café arábica e 9,8 milhões de sacas (30,5%) do tipo robusta. Os números foram divulgados hoje (20/04) pelo secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Linneu da Costa Lima, e pelo presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Jacinto Ferreira.

A nova projeção para safra de café 2007/08 consta da segunda pesquisa de campo realizada pela Conab entre os dias 1º e 14 deste mês. Em comparação à colheita 2006/07, de 42,5 milhões/sacas, houve uma redução de 24,6% no volume (10,4 milhões/sacas). Também é 0,9% inferior ao primeiro levantamento, de dezembro do ano passado, quando foi estimada entre 31,1 e 32,3 milhões/sacas.

De acordo com Linneu, a redução na produção de café foi provocada pela bienualidade negativa da cultura (um ano de alta e outro de baixa) e pelas condições climáticas desfavoráveis, como a estiagem no período de floração, de março a setembro, e o excesso de chuva em dezembro e janeiro, o que dificultou o combate de pragas nos cafezais.

“Mesmo com essa queda, o Brasil continua sendo o maior produtor mundial de café”, enfatizou o secretário. O País também, acrescentou, é o principal exportador de café verde do mercado internacional. No primeiro trimestre, o setor exportou 6,3 milhões/sacas, com divisas de US$ 843,5 milhões, um recorde para o período. Isso representa um aumento de 19% em volume e 33,6% na receita.

Linneu ressaltou ainda que o preço médio da saca de café era de US$ 46,23 em 2002. Hoje, a saca do produto é cotada em US$ 134,59. Nesse período, completou o secretário, o preço de exportação teve uma evolução de 191%. Em 2006, os embarques do produto (café verde, torrado e moído) somaram US$ 3,3 bilhões (27,6 milhões/sacas). “Neste ano, as exportações em valor devem ser iguais ou maiores.”

A área plantada, segundo o presidente da Conab, deve ser de 2,2 milhões de hectares, o que representa um crescimento 3% sobre a anterior, de 2,1 milhões/ha. “A produtividade, projetada em 14,46 sacas por hectare, é menor 26,8% que a da safra passada, de 19,75 sacas por hectare”, assinalou Jacinto Ferreira.

A pesquisa foi realizada por 190 técnicos da estatal e de órgãos conveniados nas principais regiões de cultivo. Eles aplicaram 2.750 questionários em cooperativas, produtores e representantes de órgãos públicos e privados, que acompanham o desenvolvimento dessas lavouras. “Nenhum órgão compete com a Conab na precisão dos números da safra de café. O mundo confia no trabalho feito pela empresa”, ressaltou Linneu.

Edital – Na próxima semana, o Departamento de Café do Mapa publica edital para credenciar os agentes financeiros interessados em operar com os recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), com taxa de juros de 9,5% ao ano.

O Governo Federal vai disponibilizar R$ 1,6 bilhão para crédito por intermédio do fundo. Do total, R$ 450 milhões serão para a colheita, R$ 850 milhões para estocagem e R$ 300 milhões para o Financiamento para Aquisição de Café (FAC).

“Os recursos começarão a ser liberados na primeira quinzena de maio”, informou o diretor do Departamento do Café, Vilmondes Olegário da Silva. Ao mesmo tempo, ele revelou que os atuais estoques públicos de café são estimados em 1.553 mil sacas. Em breve, a Conab iniciará o levantamento dos estoques privados.





Fonte: Clube do Fazendeiro

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