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Economia
Segunda - 23 de Abril de 2007 às 08:33

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A Yacimientos Petrolíferos Fiscales Bolivianos (YPFB), a estatal boliviana do petróleo, suspendeu o envio de gás natural à Empresa Produtora de Energia (EPE), que opera a usina termoelétrica de Cuiabá, a Mário Covas.

O corte, segundo o governo boliviano e a diretoria da EPE, não está relacionado às negociações entre as duas pontas para composição de um novo contrato de compra e venda do combustível, e sim a um problema interno daquele país que envolve disputa por territórios. De acordo com o diretor-presidente da EPE, Carlos Baldi, existe estoque de gás suficiente para garantir a operação até a próxima semana. “Mesmo que não haja o restabelecimento como prevemos – neste final de semana – temos gás para rodar a próxima semana e ainda a possibilidade de operar a óleo diesel, já que a planta é bicombustível, porém a geração nesta caso é mais onerosa, chegando a ficar de sete a dez vezes acima dos custos com o gás”.

O combustível armazenado nos dutos, segundo a EPE, permite a manutenção da geração atual - 240 MegaWatts - e consumo de 1,2 milhões de metros cúbicos ao dia na próxima semana.

Baldi fez questão de frisar que a interrupção no envio de gás neste momento “é uma infeliz coincidência” que ocorre justamente no momento que em a EPE e a YPFB estão em período de acerto. No último final de semana cogitou-se a possibilidade de suspensão à usina por conta de entraves nas negociações do novo contrato. A divergência estaria na inclusão de nova cláusula que isentaria a estatal boliviana de qualquer punição em caso de não cumprimento das metas de fornecimento acordadas junto à EPE. “A suspensão nada tem a ver com relação comercial e atinge todo mercado. Os boatos de suspensão que foram veiculados não passaram de especulação. O relacionamento com a YPFP anda bom e estamos caminhando”. Indagado sobre a polêmica cláusula quatro, Baldi diz que “não é bem assim. É especulação”.

Com relação ao aumento de 253% sobre o preço do gás pago aos bolivianos, Baldi disse que os preços não foram reajustados no último domingo, como era esperado. O aditamento de contrato que homologa o novo valor – US$ 4,20 por milhão de BTU – não está assinado e, portanto vigora US$ 1,19. O novo preço foi acordado em fevereiro entre os presidentes Evo Morales e Luiz Inácio da Silva.





Fonte: Mato Grosso On-line

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