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Cidades/Geral
Segunda - 23 de Abril de 2007 às 08:11

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O senador Jaime Campos (DEM-MT) deverá usar a tribuna para se defender da acusação de envolvimento com a máfia dos cartórios em Mato Grosso, desmontada na sexta-feira pela Polícia Federal com a prisão de 33 pessoas. O nome do senador apareceu na gravação de uma conversa telefônica entre Maria de Lourdes Guimarães e Lucélia Barros Pereira. O senador é acusado de promover tráfico de influência para beneficiar a ex-tabeliã Helena Jacarandá, de Barra do Garças, presa na operação.

Até o momento, Jaime Campos limitou-se a esclarecimentos localizados a veículos de comunicação que conseguiram localizá-lo. A um jornal de Cuiabá, por exemplo, disse que sequer sabe o caminho do Supremo Tribunal Federal. “Não posso permitir um negócio deste, envolvendo meu nome, por causa de uma ligação telefônica. Eu desconheço este esquema e não tenho envolvimento algum” – disse o senador. Jaime admitiu que conhece Helena, mas nega ter feito qualquer coisa para ajudá-la. A filha de Helena, Christiane da Costa Jacarandá trabalha como assessora do senador.

A ligação de Campos com a máfia dos cartórios será investigada pelo Supremo Tribunal Federal. De acordo com o juiz Julier Sebastião da Silva, da 1ª Vara da Justiça Federal, as transcrições das conversas telefônicas travadas entre as investigadas Lucélia e Lourdes são indícios de que o senador da República, Jaime Campos, teria patrocinado interesses da quadrilha sob investigação. “Segundo os diálogos documentados nos autos (fls.301- em CD - 200703280926011), o senador Jaime Campos seria o político forte que teria conseguido restabelecer a investigada Helena Jacarandá à frente do Cartório de Registro de Imóveis da Comarca de Barra do Garças/MT, a partir de sua influência junto ao Superior Tribunal de Justiça” – observou o magistrado.





Fonte: 24HorasNews

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