Rádios comunitárias ocupam emissora comercial gaúcha para ler manifesto
No manifesto foi lido no ar durante o protesto, a Abraço afirmou que existe no estado um oligopólio sobre os meios de comunicação, exercido pelos grupos empresariais do setor. Eles denunciaram a existência de 209 emissoras de rádio no Rio Grande do Sul que atuam com outorga de funcionamento vencida.
A Rádio São Roque foi escolhida para a manifestação porque o dono da empresa, Roberto Cervo, é o atual presidente da Associação Gaúcha de Emissoras de Rádio e Televisão (Agert). “As rádios comunitárias estão unidas e pedem o apoio da população na nossa luta por uma comunicação livre e comprometida com as necessidades da nossa gente”, afirma o documento dos manifestantes.
Em nota publicada no site da Agert, a entidade manifestou seu repúdio os atos promovidos contra a rádio São Roque. O documento é assinado pelo presidente em exercício da Agert, Pedro Ricardo Germano e pelo presidente do Sindicato das Empresas de Rádio e Televisão do Rio Grande do Sul (Sindirádio), Ary Cauduro dos Santos. As duas entidades afirmam que jamais negarão solidariedade a qualquer de suas filiadas e manterão vivos os seus princípios de integração do rádio em defesa da democracia, liberdade de pensamento, de informação e de programação.
“A Agert e o Sindirádio defenderão intransigentemente os direitos de concessionários e permissionários dos serviços de radiodifusão, bem como o livre exercício de suas atividades, assegurado pelas normas constitucionais brasileiras”, diz a nota. As duas entidades afirmam que os manifestantes impediram que trabalhadores deixassem o local e assumiram o controle das transmissões.
Entre as reivindicações apresentadas pela Abraço estão o fim da repressão às rádios comunitárias, a construção de uma nova legislação para as rádios comunitárias e um novo marco regulatório para a comunicação e a implantação de sistemas brasileiros de televisão e rádios digitais.
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