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Internacional
Domingo - 22 de Abril de 2007 às 14:28

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O conservador Nicolas Sarkozy foi o candidato mais votado (entre 29,5% e 30%) neste domingo no primeiro turno das eleições presidenciais francesas e disputará o segundo turno, no dia 6 de maio, contra a socialista Ségolène Royal, que foi a segunda mais votada (25,2% a 26,2%) informaram os institutos de pesquisas.

Os franceses compareceram em massa às urnas neste domingo e a participação ficaria próxima de 85%, segundo os institutos de pesquisas, o que representaria um recorde desde 1965.

Sem dúvida, os grandes perdedores do primeiro turno foram o candidato de centro François Bayrou, 55 anos, que ficou em terceiro, e o líder da extrema-direita, Jean Marie Le Pen, 78 anos, na quarta posição.

No total, 12 candidatos concorriam nestas eleições presidenciais. Oito deles registraram resultados que não superam 5%.

Independentemente de quem for o vencedor, uma nova geração assumirá o poder após as eleições, que representam o fim dos 40 anos de carreira política de Jacques Chirac, que chegou à presidência em 1995.

Votação histórica

A participação no primeiro turno das eleições presidenciais francesas, que acontecem hoje, deve chegar a 87%, um recorde no país, segundo dois institutos de pesquisa. Às 17h (12h de Brasília), três horas antes do fechamento dos últimos colégios eleitorais, 73,87% dos eleitores já tinham ido às urnas, segundo o Ministério do Interior.

De acordo com os dados do Governo, a essa hora, o comparecimento dos eleitores às urnas já era 15% maior do que no primeiro turno do pleito presidencial de 2002 e superava a participação total nessa etapa da eleição passada, que tinha sido de 73%.

Caso a previsão dos institutos Ipsos e IFOP se confirmem, a participação no primeiro turno deste pleito vai superar em pouco mais de dois pontos o recorde de 1965, quando 84,75% dos eleitores votaram.

Territórios de Ultramar

O aumento da participação, previsto pelas pesquisas, já tinha sido regitrado nos territórios franceses de Ultramar, que abriram no sábado seus colégios eleitorais. A participação subiu dez pontos percentuais nestes lugares.

A alta foi registrada em Nova Caledônia, Guiana Francesa, Polinésia, Guadalupe e Martinica, cujos eleitores votaram pela primeira vez antes que os da França para tentar evitar o elevado nível de abstenção observada em ocasiões anteriores.

Boa parte da abstenção se devia a que os eleitores destes territórios votavam quando já se conheciam os resultados da França. Na ilha de Reunião e de Mayotte, situadas no oceano Índico, os colégios eleitorais foram abertos hoje.

Votação

Os colégios eleitorais abriram suas portas hoje às 8h (3h, em Brasília) para que 44,5 milhões de franceses votem no primeiro turno das eleições presidenciais e escolham os dois candidatos que disputarão a Chefia de Estado na segunda rodada, que acontece no dia 6 de maio.

Favoritos

O conservador Nicolas Sarkozy foi o primeiro dos candidatos favoritos à presidência da França a votar no primeiro turno das eleições.

Acompanhado de sua mulher, Cecilia, e das duas filhas desta, Sarkozy foi a um colégio da localidade de Neuilly-sul-Seine, nos arredores de Paris, onde afirmou estar "concentrado" e mostrou sua confiança em que o dia eleitoral terminará com uma elevada participação.

"Espero tranqüilamente, o que é importante é que muitos franceses votem e que seja um grande momento para a democracia francesa", disse o candidato da governante União por um Movimento Popular (UMP).

A socialista Ségolène Royal votou em um colégio de Melle, no centro da França, na região de Poitou-Cherentes, da qual é presidente e onde compareceu sem seu companheiro, o primeiro-secretário do Partido Socialista, François Hollande, que votou em Tulle, localidade onde é prefeito.

"Agora vou preparar meu discurso para esta noite", disse a candidata socialista, que viajou esta manhã de trem de Paris até Melle.

O centrista François Bayrou, terceiro nas pesquisas, emitiu seu voto em Pau, no sudoeste do país, acompanhado da esposa e após ter assistido a uma missa.

"Os franceses estão muito interessados no que está acontecendo, é uma escolha muito profunda", disse Bayrou, que teve que buscar seu título de eleitor, que tinha esquecido no carro.

O candidato de extrema-direita Jean-Marie Le Pen compareceu sozinho ao colégio de Saint-Cloud, nos arredores de Paris, e afirmou que enfrenta a jornada eleitoral, a quinta que vive como candidato, com a "calma" que a experiência lhe confere.

Urna eletrônica

Outra novidade deste ano é que um milhão e meio de franceses poderão votar usando as urnas eletrônicas espalhadas por 82 municípios, o que gera economia de papel e uma maior rapidez na apuração, mas que foi criticada por vários partidos receosos.

Os colégios serão fechados às 18h (13h, em Brasília) em boa parte da França, mas funcionarão por mais uma hora em cidades como Dijon, Rennes e Tours e por mais duas em grandes centros urbanos como Paris, Marselha, Lyon, Toulouse, Bordeaux e Estrasburgo.

No total há 85 mil centros de votação e nenhuma pesquisa ou estimativa poderá ser divulgada até que todos eles estejam fechados.

Com agências internacionais





Fonte: Terra

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