Furacão: defesa de casal preso acusa polícia
Lins defende o policial federal aposentado Luiz Paulo Dias de Mattos e a delegada federal licenciada Susie Pinheiro Dias Mattos. Os dois são casados e foram presos na ação acusados de ter alertado suspeitos da realização das prisões e apreensões.
Segundo disse à agência o advogado do casal, durante operações anteriores de apreensão de máquinas de jogos agentes teriam levado "também o dinheiro do caixa". A PF disse à Agência Brasil que, como o processo corre em sigilo de Justiça, não responderia às acusações.
O G1 tenta localizar os assessores de imprensa da PF desde as 13h, mas os celulares não atendem e estão com a caixa postal cheia.
Lins afirmou à agência que seu cliente Luiz Paulo teria tentado "uma ou duas vezes” evitar esse tipo de prática, “que ele considerava ilegal e abusiva". "Ele (Luiz Paulo) não tem nada a ver com liminares, com juiz, com jogo do bicho e com essas atividades. Ele não tem mais vínculo nem mesmo com a PF, já que é delegado aposentado e, portanto, não tem poder de influência ou interferência".
Entenda mais
Em depoimento à PF na segunda-feira passada (16), a delegada licenciada negou que repassasse informações da PF ao marido. “Eles perguntaram se ela repassava informações da Polícia Federal para o Luiz Paulo e todas as vezes ela lembrou que desde 2004 está na ANP (Agência Nacional de Petróleo)”, disse o advogado Lins.
Ela confirmou que conhecia o policial civil Marcos Bretas por ser “amigo de chopp”, segundo expressão dada no depoimento, de seu marido. Bretas também foi preso na operação e, segundo a PF, teria recebido informações privilegiadas.
À Agência Brasil, o advogado Paulo Henrique Oliveira Lins criticou a acusação de que seu cliente era um elo para avisar bicheiros sobre operações policiais e a apreensão de US$ 12 mil na residência do casal. Segundo ele, o dinheiro seria sobra de uma viagem feita recentemente à Portugal para visitar parentes.
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