Acidente da Gol: defesa culpa controladores
O documento de 134 páginas, baseado em informações do Centro de Investigações e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), foi entregue, no último dia 10, ao delegado Renato Sayão, da Polícia Federal, que investiga o caso.
Segundo reportagem do jornal "O Estado de S. Paulo", os advogados dos pilotos apontam que o centro de controle aéreo de Brasília "alterou erroneamente" o nível de vôo em sua faixa de dados de 37 mil pés para 36 mil pés, sem que houvesse autorizado os pilotos a mudar para essa altitude. A torre de Manaus, por sua vez, teria registrado a alteração sem confirmação disso. O Legacy e o Boeing se chocaram a 37 mil pés de altitude.
Os advogados dizem ainda que os equipamentos do Legacy haviam apresentado falhas em testes realizados antes de seu primeiro vôo comercial - no dia do acidente - e que a Embraer, a fabricante do jato, não havia comunicado esse fato à ExcelAire.
Representantes da Embraer não foram localizados pelo "Estado" para comentar o fato e a assessoria da Aeronáutica informou que não comentaria o relatório antes do fim das investigações.
Prazo prorrogado
O delegado Sayão, da PF, disse ao jornal que o relatório "não apresenta documentação suficiente" sobre as falhas prévias de alguns aparelhos do Legacy. O delegado informou, ainda, que deve pedir a prorrogação do prazo inquérito, que acaba nesta semana. "Vou pedir mais tempo, mas não por causa do relatório. Ainda não recebi o lado pericial do Instituto de Criminalística", afirmou.
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