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Cidades/Geral
Sábado - 21 de Abril de 2007 às 14:51

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Os praças da Polícia Miitar colocaram fim ao protesto iniciado ontem à noite contra a decisão do Governo de não conceder reajuste de salário para a categoria.

Na noite passada, mais de 10 carros da Polícia Militar, entre eles um guincho, ficaram parados em frente ao 1º Batalhão, por causa dos pneus murchos. A ação foi de mulheres e praças que estavam fora do plantão. Os manifestantes fecharam duas entradas do prédio, para tentar impedir a saída dos policiais que estavam em serviço.

Segundo a associação da Família Miliciana, um soldado foi detido porque se envolveu em uma confusão com oficiais, ao tentar defender a esposa. "Ele revidou, não deixou, e aí prenderam ele [sic]. Jogaram até gás de pimenta em alguém", disse Helena Figueiredo, da associação Família Miliciana.

A manifestação é por aumento salarial para os praças. O Estado alega que só teria condições de pagar a reposição aos oficiais. Descontentes com o impasse nas negociações, as famílias pressionaram, atrapalhando o policiamento. O comando regional de Cuiabá informou que os policiais envolvidos prejudicaram o patrulhamento no centro da capital e poderão ser punidos.

"Nós temos o Código Penal Militar e o Código de Processo Penal Militar. Então, todas as providências serão tomadas. Estava sendo tudo gravado, toda a manifestação foi gravada, foram tiradas fotografias. Será feito o reconhecimento e posteriormente tomaremos providências administrativas e disciplinares", afirmou o coronel Denézio Pio da Silva, comandante regional de Cuiabá.

Na noita passada, a formação da tropa foi mantida e um grupo de cerca de 30 praças conseguiu sair por volta das 23h, com medo de represálias. A atitude deles, em seguida foi inusitada: sem acesso aos carros, os policiais caminharam até um ponto de ônibus e lotaram um coletivo. Depois, o grupo seguiu até o Comando Geral, para trabalhar com outras viaturas.

A avenida do CPA amanheceu bloqueada pelo Batalhão de Operações Especiais (Bope) . O isolamento do trecho de 200 metros foi para garantir a saída de carros do Comando Geral. Os manifestantes dormiram em frente ao 1º Batalhão e, hoje de manhã, decidiram pelo fim do protesto.

"A partir da semana que vem, se votarem a pauta do projeto, nós tomaremos as decisões conforme o resultado que houver na Assembléia", comentou Jaqueline Souza, da associação Família Miliciana.

O comandante geral da Polícia Militar disse que 40 policiais à paisana foram identificados no protesto. E eles serão punidos. "Aconteceu crime militar. O comando da Polícia Militar irá determinar a instauração de inquérito policial militar. E também, dentro das necessidades, o Conselho de Disciplina, tanto para avaliar na esfera penal - através da justiça - , quanto na esfera administrativa - através da Polícia Militar", explicou o coronel Adaildon de Moraes, comandante geral da Polícia Militar

Apesar do fim da manifestação, o comando vai manter o esquema de policiamento especial no fim de semana. "Nós temos um plano emergencial, que nós aplicamos e podemos aplicar a qualquer momento. O que nós não podemos admitir é que a comunidade fique sem a segurança. Ela paga por isso, ela exige isso e, a princípio, é algo essencial para o direito de ir e vir de toda nossa comunidade", ressaltou o cel. Adaildon de Moraes.





Fonte: TV Centro América

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