Banco Mundial forma comitê para discutir Wolfowitz
No comunicado, a diretoria do Banco Mundial diz que o comitê deve tratar do assunto "de maneira urgente, eficaz e ordeira" e investigar o caso de acordo com normas relacionadas a "conflitos de interesse e padrões éticos, de reputação e outros que sejam relevantes".
Wolfowitz, que já admitiu ter errado e pediu desculpas, disse que dá "boas-vindas à decisão da diretoria de avançar e resolver essa questão importante". A controvérsia começou com a revelação de que Wolfowitz fez arranjos para que sua namorada, Shaha Riza, funcionária do Banco Mundial, fosse transferida para o Departamento de Estado dos EUA, com salário pago pelo Banco Mundial e elevado em US$ 61 mil anuais, para US$ 193 mil anuais (maior do que o da secretária de Estado, Condoleezza Rice). Riza deixou o Departamento de Estado em 2006 e hoje trabalha para uma organização chamada Fundação para o Futuro, mas seu salário continua a ser pago pelo Banco Mundial.
Hoje, o Pentágono confirmou que seu inspetor-geral investigou, em 2005, que Wolfowitz, então vice-secretário da Defesa, recomendou pessoalmente que Riza fosse contratada em 2003 para fazer um estudo sobre como estabelecer um novo governo no Iraque ocupado. O Departamento da Defesa não divulgou os documentos relacionados a essa investigação, mas concluiu que Wolfowitz, um dos principais arquitetos da guerra contra o Iraque, não violou as normas éticas do órgão.
O governo do presidente George W. Bush, por sua vez, reafirmou seu apoio a Wolfowitz. "Como dissemos antes, o presidente tem confiança em Paul Wolfowitz", afirmou a porta-voz da Casa Branca Dana Perino. Funcionários do governo dos EUA disseram que o comitê de investigação formado pela diretoria do Banco Mundial não tem nenhum representante norte-americano, embora o país seja o maior acionista do Banco Mundial. As informações são da Associated Press, citada pela Dow Jones.
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