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Sexta - 20 de Abril de 2007 às 22:43

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Antes de ser informado que o governo boliviano reduziria as exportações de gás para o Brasil e a Argentina em 20%, o ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, já falava em plano de contingenciamento. Segundo ele, o plano começou a ser elaborado no ano passado e já pode ser colocado em operação, "embora ainda não tenha sido efetivado do ponto de vista de um marco legal".

"Temos um plano de contingência para o caso de qualquer tipo de crise de abastecimento provocado por alguma razão qualquer", acrescentou o ministro, lembrando que, em abril do ano passado, houve uma queda no fornecimento do gás boliviano para o Brasil por causa do rompimento de um duto de gás condensado. "E nós administramos a deficiência", disse. Na época, o fornecimento de gás para o Brasil caiu de 24 milhões de metros cúbicos por dia para 16 milhões. "E não teve nenhuma crise maior. Foi absolutamente administrado", afirmou o ministro.

Ele disse que o plano de contingência "pode ser implantado sem nenhum problema" e que prevê, entre outras medidas, a substituição de gás por óleo em empresas que trabalham com caldeira bicombustível.

Argélia

Rondeau disse ainda que a importação de gás natural liquefeito da Argélia faz parte de um programa de segurança energética definido pelo governo brasileiro no ano passado. Segundo o ministro, o PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) prevê que, no primeiro semestre de 2008, entrarão em operação os terminais de regaisificação instaladas em Fortaleza (CE) e no Rio de Janeiro (RJ). "As negociações estão bastante avançadas no diz respeito às obras de adaptação desses terminais", disse Rondeau.

Ele acrescentou que estão adiantadas também as negociações com outros países fornecedores de gás, como a própria Argélia. Não citou todos os países, mas disse que o Brasil vai tentar conseguir o produto "onde tiver gás em condições de preço e confiabilidade de abastecimento".

Invasões

O corte de gás acontece, segundo o governo boliviano, por causa dos danos no sistema de gasodutos provocados por manifestantes na província de Gran Chaco. Mais cedo, Rondeau havia dito que o ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Carlos Villegas, garantiu que faria "todo o esforço" para garantir o abastecimento de gás ao Brasil. Os manifestantes ocuparam o campo de gás de San Alberto, na cidade de Caparaí, no Sul da Bolívia. Na quinta-feira, 19, eles ameaçaram cortar o fornecimento de gás para o Brasil.





Fonte: 24HorasNews

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