A cada minuto, uma criança morre de 'Aids' no mundo
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Programa das Nações Unidas Contra a Aids (Unaids) afirmaram que estes alarmantes números se devem a fatores como o que aponta que na atualidade menos de 10% das mulheres grávidas - que são portadoras do HIV - recebem ajuda para evitar a transmissão vertical a seus recém-nascidos no mundo todo.
Além disso, menos de 10% das 15 milhões de crianças que ficaram órfãs ou que são vulneráveis à aids recebem assistência pública ou têm acesso a serviços de apoio. A isto se soma a falta de políticas educativas sobre prevenção, os tabus sociais que ainda hoje perduram em algumas regiões do planeta sobre o sexo e a discriminação em relação às mulheres.
Na África Subsaariana menos de um terço das mulheres de 15 a 24 anos possui informação completa sobre como evitar o contágio da doença e um de cada cinco jovens da América Latina defende a violência contra a mulher.
Uma pesquisa realizada no Uruguai pela ONG Iniciativa Latino-Americana evidenciou que a maioria dos jovens consultados assinalava que as características que toda mulher devia possuir eram "compreensão e delicadeza", assim como ser "carinhosas" e "boas mães".
Já as jovens consultadas ressaltavam que os homens devem ser "trabalhadores", "bons pais" e "agressivos". Os números da América Latina e o Caribe fornecidos pela Unaids mostram que em 2005 havia 54 mil menores de 15 anos com HIV, sendo que seis mil morreram por causa da aids.
Nestas regiões, 40% dos contagiados pelo vírus são entre adolescentes e jovens, e menos de 30% das mulheres grávidas diagnosticadas com o HVI têm acesso aos serviços para prevenir a transmissão a seus filhos. A Unaids acredita que se essa tendência continuar, em 2010 quase um milhão de crianças terá perdido um ou seus dois pais por causas relacionadas à aids.
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