Imprensa da Bolívia diz que gás para Cuiabá será suspenso

O governo boliviano anunciou hoje uma redução nas exportações de gás para o Brasil e a Argentina. A decisão foi tomada após protestos violentos em províncias do sul do país, onde há reservas de gás exploradas por multinacionais.

Manifestantes que querem tomar o controle sobre o campo de Margarita chegaram a interromper o fluxo de gás ontem, mas tropas enviadas pelo presidente da Bolívia, Evo Morales, conseguiram assumir e restabelecer os envios.

Os protestos também teriam reduzido a produção do campo de San Alberto, operado pela Petrobras.

Essas seriam as razões para o corte nas exportações.

De acordo com a imprensa boliviana, o vice-presidente da petroleira estatal YPFB, Sebastián Daroca, informou que o envio de gás para São Paulo, via Petrobras, cairá de 24,6 milhões para 24 milhão de metros cúbicos por dia; e a entrega diária de 1,2 milhão de metros cúbicos para Cuiabá (MT) será suspensa.

Para a Argentina, a exportação diminuirá dos atuais 5 milhões para 1,2 milhão de metros cúbicos diários.

Segundo a Agência Brasil, o ministro das Minas e Energia, Silas Rondeau, disse que o Brasil está fazendo um esforço para conseguir alternativas para suprir as necessidades nacionais de gás. Rondeau enfatizou que o país conta com um plano de contingência para o caso de falta de gás.