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Saúde
Sexta - 20 de Abril de 2007 às 08:08

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Esse tipo de tratamento repõe alguns dos hormônios perdidos durante a menopausa para aliviar sintomas como a perda de cálcio, risco maior de doenças cardiovasculares, perda de apetite sexual e depressão.

O Million Women Study (Estudo de um Milhão de Mulheres) analisou 948.576 mulheres na pós-menopausa e sugere que o risco de desenvolver e morrer de câncer no ovário é 20% maior para quem faz a terapia.

A reposição hormonal também aumenta o risco de câncer de mama e no útero.

Resultados anteriores do Million Women Study de 2003 já tinham mostrado que o uso da terapia de reposição hormonal combinada dobra o risco de câncer de mama.

Recomendações

As descobertas fizeram com que médicos recomendassem que as mulheres considerem os riscos antes de começarem a fazer a TRH e tomem a menor dose possível no espaço mais curto de tempo.

O aumento nos riscos de câncer de ovário é o mesmo para todos os tipos de terapia, mas volta a cair alguns anos após o fim do tratamento.

“Os resultados desse estudo são preocupantes porque mostram que a TRH não apenas aumenta o risco de desenvolver câncer no ovário, mas também de morrer da doença”, disse a coordenadora da pesquisa, Valerie Beral, diretora da Unidade de Epidemiologia da ONG Cancer Research UK.

Para o diretor médico da organização, John Toy, “considerando esse fator ao lado do aumento no risco de câncer de mama e endometrial, as mulheres deveriam pensar com cuidado sobre se devem fazer TRH”.

“E as mulheres que decidem fazer TRH deveriam fazer isso por razões médicas claras e pelo menor tempo possível”, disse.

Equilíbrio

Segundo os pesquisadores, os cânceres de ovário, mama e útero representam 40% de todos os cânceres diagnosticados em mulheres britânicas, e essa incidência é 63% maior nas que fazem terapia de reposição hormonal.

“Minha visão geral é de que pacientes com sintomas da menopausa devem ser tratadas, mas é sempre um equilíbrio entre os riscos e os benefícios”, disse Stephen Franks, professor de Endocrinologia Reprodutiva do Imperial College London.

Segundo ele, não é recomendável tomar nenhum remédio por um tempo maior do que o necessário.

O estudo foi publicado na revista médica Lancet.





Fonte: BBC Brasil

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