Máfia do jogo tenta sacar R$ 4 milhões
Foram essas tentativas de saques, bloqueadas a partir da comunicação dos bancos ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que levaram o procurador Antonio Fernando Souza a pedir o bloqueio, concedido pelo ministro Cezar Peluso, do Supremo Tribunal Federal (STF). Ao todo, segundo fonte da Polícia Federal, os 25 presos e familiares somam “pelo menos 30 bloqueios”.
As tentativas de saques no valor de R$ 4 milhões foram malsucedidas por três motivos. Primeiro, porque a Hurricane expôs todas as pessoas ligadas ao esquema. Além disso, a legislação de combate à lavagem de dinheiro obriga os bancos a informarem ao Coaf, de maneira generalizada, todos os saques de valor igual ou superior a R$ 100 mil. A máfia também não conseguiu sacar porque as agências precisam receber uma comunicação de provisionamento de um valor alto a ser movimentado com um ou dois dias de antecedência. Quando o provisionamento é superior a R$ 100 mil ou foi feito por pessoas suspeitas, os bancos também fazem a comunicação ao Coaf.
Ontem, o Estado divulgou que a PF já sabe que pelo menos um dos 25 presos na Hurricane tem conta bancária no exterior. Há ainda a suspeita de que outros quatro envolvidos no esquema sejam beneficiários de recursos depositados em paraísos fiscais. A polícia recolheu documentos e vem consultando unidades de inteligência financeira de países com os quais o Brasil mantém acordos de cooperação para checar valores.
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