Para Abicalil, Mapa da Violência não condiz com realidade brasileira
“É importante ressaltar que a pesquisa foi realizada em 10% dos municípios brasileiros e feita de acordo com o número de homicídios por habitante. A Organização dos Estados Ibero-Americanos para a Educação, a Ciência e a Cultura (OEI) considera como homicídio não somente os crimes contra a vida (aqueles com intenção de matar), mas também as mortes por afogamento, intoxicação, fumaça, fogo e chamas, queimaduras, ingestão de produtos químicos, sufocação, estrangulamento, consumo de drogas, entre outros indicadores”, explica.
O Mapa da Violência foi debatido na Comissão pelos deputados federais, o sociólogo e autor do estudo, Júlio Jacobo Waiselfisz, o representante da Secretaria Nacional de Segurança Pública, Marcelo Durante, o secretário de Justiça e Segurança Pública do Mato Grosso, Carlos Brito de Lima, e o coordenador do Centro de Estudos de Criminalidade e Segurança Pública da UFMG, Claudio Beato. Também participaram do debate o representante do Núcleo de Estudos da Violência da USP, Marcelo Baptista Nery, o representante do Conselho Federal da OAB, Nélio Seidl Machado, e a secretária-Executiva do Ministério da Saúde, Márcia da Costa Mazzoli.
Carlos Abicalil acrescentou que, independente da análise realizada nestes municípios, o importante é investir em educação, segurança pública, infra-estrutura, emprego, distribuição de renda, regularização fundiária, acesso a crédito, assistência técnica e atenção permanente do Estado.
“A meu juízo, o planejamento, o acompanhamento técnico, a derrubada de preconceitos e a ação determinada do estado brasileiro nas situações de conflito e de risco são essenciais à superação deste quadro alarmante que nos chama às melhores decisões”, enfatiza.
Mapa – De acordo com dados divulgados pela pesquisa, quatro municípios do Noroeste e Nordeste do estado de Mato Grosso aparecem entre as 10 cidades com maior índice de homicídios, por habitante, no “Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros”. Além de Colniza, líder do ranking na pesquisa, a cidade de Juruena ocupa o 2º lugar. Constam no mapa da violência, também, os municípios de Aripuanã e São José do Xingu.
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