Paciência dos EUA com o Iraque está no fim, diz Gates
"Francamente, gostaria de ver um progresso mais rápido," ele acrescentou. Segundo ele, os iraquianos precisam se esforçar para uma reconciliação, através da política e da legislação, e dividir o faturamento obtido com o petróleo. "Não é que essas leis mudem a situação de imediato, mas eu penso que elas terão a capacidade de melhorar a comunicação para um trabalho conjunto." Segundo ele, isso criaria um ambiente no qual a violência poderá ser reduzida.
Dando ênfase à urgência em controlar a violência, a polícia iraquiana disse que um carro-bomba guiado por um suicida bateu em um caminhão cheio de combustível no centro da Bagdá, apenas algumas horas antes da chegada de Gates à capital iraquiana, e matou 12 pessoas. O ataque de hoje ocorre um dia depois do mais sangrento dia de atentados no Iraque, desde a invasão dos EUA em 2003. Ontem, quatro atentados mataram mais de 230 pessoas só na capital iraquiana.
"É muito importante que eles façam todos os esforços para acabar com isso o mais cedo possível," disse Gates. Depois de aterrissar em Bagdá, Gates voou de helicóptero ao campo Faluja, para uma entrevista com o general David Petraeus, comandante das forças americanas no Iraque, e o general Peter Pace, dirigente do staff militar. Faluja é um dos centros da insurgência sunita. Mas comandantes americanos dizem que a violência diminuiu e estão otimistas sobre o progresso no oeste do Iraque.
A visita de Gates ao Iraque, a sua terceira viagem como secretário de Defesa ao Oriente Médio, ocorre um dia depois do presidente dos EUA, George W. Bush, se encontrar com líderes no Congresso para discutir o impasse na legislação para aprovar mais dinheiro ao esforço de guerra no Iraque e no Afeganistão.
Gates afirma que a Casa Branca não lhe afirmou que exista um prazo para que os militares americanos saiam do Iraque. Atualmente, 146,000 soldados americanos estão no Iraque.
Ontem, Bush disse a parlamentares que não assinará nenhum documento que defina um prazo para a retirada das tropas do Iraque. Os parlamentares protestaram e disseram a Bush que o Congresso lhe enviará em breve um documento desse tipo.
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