Polícias rejeitam reajuste proposto por governo de MG
O Gabinete Integrado das Forças de Segurança de Minas Gerais (Giforseg), composto pelas entidades representativas dos policiais civis e militares, decidiu convocar uma assembléia para o próximo dia 27. "Vamos deliberar sobre o indicativo de greve da Polícia Civil, com apoio da Polícia Militar", disse o presidente da Associação dos Praças Policiais e Bombeiros Militares de Minas Gerais (Aspra), subtenente Luiz Gonzaga Ribeiro.
Segundo ele, a paralisação dos policiais civis teria respaldo no indicativo do Supremo Tribunal Federal (STF) em relação à greve dos servidores públicos. "Os policiais militares e bombeiros vão respeitar a Constituição e não vão decretar greve", afirmou. Os representantes da PM, no entanto, ameaçam deflagrar uma operação "Cana Zero" - ou seja, efetuar prisões somente em flagrante delito - caso as negociações não avancem. Em 2004, uma greve das polícias Civil e Militar obrigou Aécio a solicitar a presença de tropas do Exército nas ruas de Belo Horizonte.
Os representantes do Giforseg têm realizado manifestações diárias pelas ruas da capital mineira. Dos atos, porém, participam apenas os diretores das entidades representativas. "É uma forma de preservar os policiais", disse Gonzaga. Se persistir o impasse, os policiais avisam que vão intensificar os protestos, inclusive na solenidade de comemoração da Semana da Inconfidência, neste sábado, em Ouro Preto.
O governo de Minas divulgou nota em que alega que nos últimos quatro anos reivindicações históricas dos policiais foram atendidas, "o que representou importantes ganhos salariais, de qualidade de vida e de trabalho". De acordo com o comunicado, foi autorizado o pagamento do abono fardamento deste ano, de R$ 533, 56, no 5º dia útil de maio. O investimento será de R$ 32 milhões, beneficiando 60 mil servidores.
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