Lâmpada econômica vira hábito de consumo
Essa e outras mudanças fizeram com que o país consumisse até 2005 menos energia do que o estimado no período pré-racionamento. Um vilão do uso racional de energia, no entanto, continua incomodando: o chuveiro elétrico, presente em cada vez mais lares.
As conclusões são de estudo da Eletrobrás e do Procel (Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica), coordenado por Reinaldo Castro Souza, da PUC-RJ.
A mudança mais notável foi a troca das lâmpadas incandescentes pelas fluorescentes. Em 1998, havia apenas uma fluorescente para cada sete incandescentes nas residências. Em 2005, essa relação ficou igual, com quatro fluorescentes para quatro incandescentes.
Esse e outros hábitos do período de racionamento influenciaram positivamente um uso mais racional de energia. Na contramão dessa tendência, houve expressivo aumento no número de chuveiros elétricos. Antes, o número médio desse aparelho por domicílio era 0,6. Em 2005, chegou praticamente a um por domicílio (0,9).
"A troca das lâmpadas foi sem dúvida muito positiva. O crescimento dos chuveiros elétricos, no entanto, preocupa porque esse eletrodoméstico é altamente ineficiente no uso racional de energia", disse Emerson Salvador, do Procel.
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