Mais de 4 mil PMs estão aquartelados em Mato Grosso
No Centro Integrado de Segurança e Ciadania do bairro Planalto (Cisc-Norte), a sala dos PMs amanheceu fechada e nenhum deles compareceu para o trabalho. O motivo é a revolta pelo descaso do Governo com relação ao salários dos praças. Segundo eles, todos lutaram para que o Governo "ajustasse" os salários do oficiais em mais de 20%, enquanto os soldados, cabos, sargento e subtenentes ficaram sem reajuste.
A Assembléia Legislativa deveria ter votado na quarta-feira à noite os projetos que tratam de reajuste e estruturação das carreiras militares. O projeto não foi colocado na pauta de votação. Durante toda a sessão, deputados se limitaram a revezar em discursos eloqüentes na defesa da segurança. O deputado estadual Percival Muniz (PPS) defendeu, por exemplo, que os parlamentares solicitem do Governo do Estado o envio de uma proposta salarial para as categorias miliatres para os próximos quatro anos. Já o deputado Zé Carlos do Pátio (PMDB) disse que quer preservar a imagem do governador, e acredita que uma semana possa ser possível para a busca de um novo entendimento.
"Não tem como chegar num denominador comum hoje em plenário, nem amanhã. Se acontecer isso, pode haver um desentendimento entre as categorias, entre os parlamentares em plenário e entre o governo. Nâo dá, é buscar um entendimento e se o projeto for retirado vai ser discutido e vamos continuar o debate" – disse Pátio, prevendo a situação.
Segundo Juarez Costa (PMDB) o governador disse estar disposto a assumir os ônus dos debates, mas adiantou que o Estado não tem como assumir os custos criados pelas emendas parlamentares. Ainda segundo Juarez, o governador estaria disposto a arguir uma Ação Direta de Inconstitucionaliade (ADIN) em função da incapacidade financeira do estado. O deputado José Riva (PP) pediu o encerramento do debate sobre as mensagens da PM em função delas não estarem em votação.
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