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Quinta - 19 de Abril de 2007 às 08:52
Por: Gisele Almeida

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A Polícia Militar retirou, ontem, as equipes que estavam trabalhando na caçada à quadrilha que assaltou o Banco do Brasil de em Guiratinga (130 km a Leste de Rondonópolis), no último dia 5. Segundo o tenente-coronel Wilquerson Felizardo Sandes, comandante do 4º Comando Regional Sul da Polícia Militar e que chefia a operação, a retirada foi em função do tempo em que as equipes estavam no local – há mais de 15 dias - e pelo fato de não se registrar nenhum resultado positivo.

A partir de agora, a PM passa a desenvolver especificamente um trabalho de investigação, por meio do Serviço de Inteligência, em parceria com a Polícia Civil. O comandante está fazendo uma triagem das buscas até o momento, que servirá para as investigações, que contam também com a Polícia Federal, na passagem de informações, quando necessário.

“Vamos continuar nas investigações, mas, agora, passa a ser um verdadeiro jogo de paciência, não descartando as possibilidades levantadas e com o monitoramento na região, quando há denúncia”, disse ele.

Wilquerson descartou a hipótese de quadrilha – segundo testemunhas, formada por seus homens que usavam capuzes e armamento exclusivo das Forças Armadas - pertencer ao crime organizado. Esse fato, por sinal, levou a própria PM a transferir as investigações para o Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCCO), em Cuiabá.

O coronel disse ter a certeza de que o grupo que agiu em Guiratinga pertence ao banditismo, ou seja, um grupo se une para realizar um episódio de roubo, que pode dar certo ou não. “No caso de um grupo que rouba R$ 350 mil, se fosse crime organizado, existiria toda uma rede de comunicação, uma hierarquia. E a quantia roubada não sustenta nada disso”, afirmou o oficial.

O comandante regional da PM, por outro lado, deixou claro que não descarta as muitas possibilidades acerca do destino da quadrilha. Para ele, os bandidos ainda podem estar na região, pois até o momento não teve indícios de saída deles, assim como existe a possibilidade de eles terem feito percursos a pé, durante a noite, quando a Polícia se recolhe das buscas. “No exato momento em que cometerem um erro, vamos estar lá para pegá-los”, completou o militar.

A operação de caça aos assaltantes do BB de Guiratinga – que, inclusive, mataram um policial militar, numa troca e tiros, após o assalto - teve início no mesmo dia do crime, quando seis bandidos invadiram a única agência do banco na cidade, fizeram os funcionários e clientes de reféns e roubaram aproximadamente R$ 350 mil. Eles fugiram numa S-10 preta, que foi queimada, na MT-110, estrada que vai para a cidade de Tesouro.

A Polícia Militar trabalhou com três helicópteros, além de mais de 200 homens em terra, em buscas na mata fechada da região, com apoio das equipes do Grupo de Operações Especiais (GOE), de Rondonópolis, e do Batalhão das Operações Policiais Especiais (Bope), de Cuiabá, durante uma semana.





Fonte: Diário Regional

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