Praças da PM decidem fazer aquartelamento por 24h
A movimentação na Assembléia Legislativa foi intensa durante todo o dia. Desde cedo, os praças, oficiais da PM, bombeiros e membros das associações da categoria fizeram plantão no plenário em busca de respostas à questão. Pela manhã, os parlamentares se reuniram com o governador Blairo Maggi (PR) no Palácio Paiaguás. Na reunião, ficou decidido que as mensagens voltariam à AL com as emendas para serem votadas. Pelo projeto original, os oficiais terão 20% de aumento. A reunião foi uma espécie de "crédito" dado aos deputados para que conseguissem reverter a situação em favor dos praças. Caso não houvesse sucesso, conforme o Olhar Direto antecipou, o aquartelamento ocorreria durante a troca de plantão dos policiais.
Em entrevista, o governador afirmou que não deve estender o benefício aos praças, já que eles tiveram reajuste de 52,58% em 2003. Durante esse período, a evolução salarial para os oficiais foi de 27,83%. O governo argumenta que se atendesse todas as reivindicações, o impacto na folha de pagamento do Estado seria de R$ 50 milhões e, da forma como foi definido, o valor gira em torno dos R$ 13 milhões.
Além do aumento salarial, os praças brigam pela promoção de carreiras, que é realizada três vezes ao ano. A data do próximo vencimento é 21 de abril. Para ser promovido a cabo, por exemplo, um soldado precisa ter trabalhado durante 15 anos. "Tem soldado com 25 anos e ainda continua soldado", disparou a presidente da Associação das famílias milicianas da região sul, Márcia Cavalcante.
Uma fonte consultada pela reportagem discorda da presidente. "A promoção de carreira pode ser conquistada com estudo e dedicação e tem gente que não faz nada para subir, então não tem jeito mesmo", afirmou.
Mesmo com a possível rejeição das emendas pelos deputados, os praças devem ter um reajuste salarial de 4,5% garantido anualmente devido à recomposição gerada pela inflação. O salário atual de um soldado é R$ 1114 e deve subir para R$ 1146.
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