Divergência com acionista tira vice-presidente do Arsenal
"Lamentamos que as diferenças inconciliáveis entre Dein e o restante da diretoria tenham separado nossos caminhos. Gostaríamos de agradecer a ele por sua lealdade durante todo esse período", disse o presidente do clube, Peter Hill-Wood, em nota oficial. Dein estava no Arsenal desde 1983, e, como vice-presidente, foi o responsável pela contratação do técnico Arsène Wenger, que está no clube desde 1996.
O Arsenal é o único dos quatro principais clubes ingleses que não está nas mãos de um empresário estrangeiro - o Chelsea pertence ao russo Roman Abramovich, o Manchester United pertence há dois anos ao norte-americano Malcolm Glazer, dono também do Tampa Bay Buccaneers, time de futebol americano, e o Liverpool foi assumido em fevereiro pelos também norte-americanos George Gillett e Tom Hicks.
Kroenke é um dos maiores empresários do esporte nos Estados Unidos. Atualmente, é dono de quatro times: Denver Nuggets (basquete, onde joga o brasileiro Nenê), Saint-Louis Rams (futebol americano), Colorado Rapids (beisebol) e Colorado Avalanche (hóquei). Hoje, em entrevista publicada pelo jornal "The Guardian", Hill-Wood já havia dito que não queria ver o Arsenal nas mãos de um norte-americano. "Os acionistas preferem manter o controle da equipe em vez de vendê-la a algum estranho. Seria um horror ver nossa propriedade ir parar além do Oceano Atlântico", disse.
Após a saída de Dein, o dirigente reafirmou que, pelo menos no prazo de um ano, o Arsenal continuará em mãos inglesas. "Queremos assegurar a torcedores, funcionários e acionistas que, nesse período, o controle do Arsenal não mudará de mãos."
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