Furacão: Novo dossiê liga mais cinco desembargadores a máfia
Carreira foi preso na sexta-feira passada com mais 24 pessoas pela Polícia Federal durante a Operação Hurricane (furacão, em inglês) --que investiga um esquema de venda de sentenças judiciais para beneficiar a máfia de jogos.
Para a PF, ele vinha montando esses dossiês por dois motivos: ele queria se proteger e tentava conseguir apoio para virar presidente do TRF da 2ª Região.
No depoimento que prestou para a PF, Carreira Alvim disse que montou esses dossiês porque estava investigando o esquema. Mas a PF o confrontou informando que possuía gravações que mostrariam seu envolvimento direto com a máfia dos jogos.
A operação atingiu magistrados, bicheiros, policiais, empresários, advogados e organizadores do Carnaval do Rio. Eles são acusados de praticar os crimes de tráfico de influência, corrupção passiva e ativa, quadrilha e lavagem de dinheiro.
Também foram presos o desembargador federal José Ricardo de Siqueira Regueira, também do TRF da 2ª Região; o juiz Ernesto da Luz Pinto Dória, do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 15ª Região, e o procurador regional da República do Rio João Sérgio Leal Pereira.
Há ainda um grupo de suspeitos ligados à cúpula do Carnaval do Rio. São eles o presidente da Liesa (Liga Independente das Escolas de Samba do Rio de Janeiro), Ailton Guimarães Jorge, chamado de capitão Guimarães; um sobrinho dele, identificado como Júlio Guimarães; o presidente do conselho da Liesa e presidente de honra da Beija-Flor de Nilópolis, Aniz Abraão David; além o bicheiro Antonio Petrus Kalil, o Turcão, de Niterói.
A Polícia Federal considera já ter reunido elementos suficientes para pedir a prisão preventiva dos 25 presos. O STF (Supremo Tribunal Federal) determinou ontem a prorrogação da prisão temporária deles por mais cinco dias.
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