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Nacional
Quarta - 18 de Abril de 2007 às 10:12

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O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso afirmou ontem, em Porto Alegre, que é contra o fim da reeleição, mas que há pontos que podem ser discutidos, como a permanência no cargo, durante a campanha, do candidato à reeleição.

Na contramão, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse ontem, em Brasília, ser a favor de acabar com a reeleição para o Executivo e afirmou que, se houver acordo entre os líderes, vai colocar em votação proposta de emenda constitucional sobre o assunto que está no plenário.

"Não quero fazer disso um cavalo de batalha, mas é minha opinião pessoal [apoio à reeleição]. Pode-se criticar o modo pelo qual está organizada a legislação -isso sim poderia ser aperfeiçoado. O Congresso é quem vai decidir", disse FHC na capital gaúcha, onde esteve em evento. A reeleição foi introduzida em 1997, no mandato do então presidente tucano.

FHC disse que o fim ou não da reeleição não é questão crucial para o PSDB. Sugeriu que o partido converse com vários setores da sociedade para definir a sua posição no Congresso.

A declaração do ex-presidente foi feita um dia depois de o governador Aécio Neves (PSDB-MG) dizer que é contra a reeleição e a favor do mandato de cinco anos, mesma posição defendida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Renan mostrou que também diverge de FHC sobre o tema. "Sou a favor do fim da reeleição. Já existe uma proposta aprovada nesse sentido na CCJ e que seria votada no último semestre. Não foi possível, mas se houver acordo de líderes podemos fazer isso agora", disse.

Em agosto do ano passado, a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado aprovou uma PEC que acaba com a possibilidade de reeleição para os chefes do Poder Executivo a partir de 2010. O mandato seria mantido em quatro anos.

Conforme a Folha revelou, governistas negociam com tucanos a aprovação do fim à reeleição e a ampliação dos mandatos em um ano.

FHC afirmou ainda que o PSDB precisa ser mais eficiente "e não tomar cafezinho com quem está no poder". "O PSDB tem que ser mais eficiente em sua organização, o que não é. Tem que aumentar a exigência no respeito com a lei e ter uma atitude que é de oposição, um crítico contumaz de tudo o que está errado, e não tem que tomar cafezinho com quem está no poder."





Fonte: Agência Folha

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