Economistas estão céticos com economia do Brasil, diz 'WSJ'
O jornal observa que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva prometeu políticas para impulsionar o crescimento ao tomar posse em seu segundo mandato, em janeiro, mas foi até aqui “prejudicado por atrasos em montar sua equipe e por uma debilitante greve dos controladores de tráfego aéreo”.
Segundo a reportagem, “isso o impediu de se concentrar nas reformas previdenciária, trabalhista e tributária que os investidores aguardavam”.
O jornal cita o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciado no início do ano, mas afirma que “mesmo as suas modestas propostas para acelerar o crescimento” estão sendo prejudicadas por motivos políticos.
Compra do ABN
O jornal britânico Financial Times traz reportagem na qual comenta que o possível comprador das operações brasileiras do banco holandês ABN Amro “ganhará uma importante base em um dos mercados bancários maiores, mais rentáveis e de crescimento mais acelerado da América Latina”.
“Estabilidade econômica, taxas de juros em queda e a perspectiva de que o ainda pequeno mercado de financiamento imobiliário possa estar prestes a decolar aumentam a atração dos bancos brasileiros para os investidores”, diz o jornal.
A reportagem observa que, com 6,6% do mercado local de crédito, o ABN Amro Real é o maior banco estrangeiro em operação no Brasil. O ABN Amro entrou no mercado brasileiro ao comprar o Banco Real, há nove anos.
O ABN Amro Real é o quinto maior banco do Brasil, ou o terceiro do setor privado, e possui 1.091 agências, relata o Financial Times.
Segundo o jornal, os funcionários do banco preferem que ele seja comprado pelo britânico Barclays, por temer que outros concorrentes, como o espanhol Santander, poderiam optar por fechar agências.
Violência no Rio
A violência urbana no Rio de Janeiro volta nesta quarta-feira a ser tema de reportagem do diário argentino La Nación, que relata a disputa entre narcotraficantes que deixou 21 mortos no dia anterior.
“Menos de um dia depois de o governador do Rio de Janeiro reiterar seu quase desesperado pedido de ajuda às Forças Armadas em seu combate contra o crime e de receber uma negativa, ao menos 21 pessoas morreram ontem como resultado de tiroteios ocorridos de madrugada no centro da cidade”, diz a reportagem.
O jornal observa que “como detalhe escabroso, um cemitério do bairro teve que fechar depois que alguns dos enfrentados se refugiaram ali e revidaram os tiros depois de descobertos, expulsando as pessoas que esperavam os funerais previstos para ontem”.
Segundo a reportagem, ao meio-dia a região central do morro da Mineira, na região central, tinha se transformado “praticamente em um cenário de guerra”.
“Imagens televisivas mostravam homens e mulheres correndo com bebês nos braços, franco-atiradores nos tetos da favela, policiais disparando em plena rua, carros caoticamente estacionados sobre as calçadas e um helicóptero sobrevoando a região”, relata o jornal.
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