Banco do Brasil pode fechar agências no interior de MT
O Alerta foi feito pelo presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios- AMM, José Aparecido dos Santos, após uma reunião com o presidente do Banco do Brasil, Lima Neto, e o governador Blairo Maggi, no gabinete do Palácio Paiaguás, semana passada. Segundo Cidinho, muitos prefeitos têm buscado negociar as folhas de suas prefeituras com outras instituições financeiras, sem antes procurar entendimento com o Banco do Brasil, uma vez que a legislação não permite a participação do banco em licitações públicas. “Sabemos que na maioria dos casos a folha é o produto que viabiliza a manutenção dessas agências no interior”, diz ele, alertando os prefeitos para que negociem antes com o Banco do Brasil.
A preocupação do presidente da AMM tem justificativa nas informações fornecidas pelo superintendente regional do Banco do Brasil, Renato Barbosa. Ele explica que a maioria das agências e postos de atendimento da instituição espalhados pelo interior, é mantida unicamente pela prestação de serviço da folha de pagamento. “Os funcionários recebem seus salários por meio do banco e movimentam suas contas correntes com o próprio banco. Se os salários saem, saem também às contas e toda movimentação”, declara.
Barbosa revela que em regiões como o Médio Norte, composta por 17 municípios, nenhuma agência existente hoje permaneceria aberta, com exceção daquelas situadas nos municípios produtores, que apresentam outras fontes de sustenção. Ele lembra a parceria antiga que a instituição possui com os municípios, na disponibilidade de linhas de crédito para financiamentos de cadeias produtivas. “Tem muito mais em jogo para o desenvolvimento desses municípios que simplesmente o pagamento da folha”, argumenta.
A orientação é para que as prefeituras procurem o Banco do Brasil antes de tomarem uma decisão que pode inviabilizar as agências e postos do interior. Como o banco não pode participar de licitações a opção oferecida aos prefeitos, segundo o superintendente, é a devolução aos cofres das prefeituras de parte da rentabilidade das folhas, mediante acordo. “Tudo o que queremos é que os prefeitos considerem o banco como uma das opções para negociar antes de tomarem suas decisões”.
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