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Internacional
Quarta - 18 de Abril de 2007 às 01:47

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O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, considerou hoje o assassinato do prefeito de Nagasaki, Itcho Ito, como um "desafio à democracia" e mostrou sua intenção de "lutar para erradicar a violência".

"Quero uma investigação para descobrir a verdade", disse Abe, segundo a agência local Kyodo.

Ito, de 61 anos, levou dois tiros pelas costas às 19h55 de terça-feira (7h55 de Brasília), em frente à estação de trem de Nagasaki. Ele voltava depois de um dia de campanha para as eleições locais de domingo, nas quais buscava seu quarto mandato consecutivo como prefeito. Foi operado num hospital local, mas não resistiu e às 2h28 de quarta-feira (14h28 de terça-feira, em Brasília) morreu.

O autor do crime foi detido e identificado como Tetsuya Shiroo, de 59 anos. Aparentemente ele pertence ao Suishin-kai, grupo da Yakusa (máfia japonesa) filiado à principal rede mafiosa japonesa, a Yamaguchi-gumi.

O atentado causou grande comoção no Japão. A vítima era um famoso político, que era conhecido por sua posição contra as armas nucleares e crítico dos Estados Unidos.

As autoridades ordenaram que a Polícia japonesa reforce a segurança dos candidatos, que geralmente não recebem nenhum tipo de proteção a menos que tenham sido ameaçados.

O grupo de ativistas que apoiava a campanha de Ito decidirá amanhã se apresenta um substituto.

Segundo a Kyodo, por enquanto não se sabe se o atentado tem motivos políticos.

A rede de televisão Asahi divulgou que tinha recebido uma carta com o nome do detido, além da frase: "Não posso perdoar o prefeito Itcho Ito".

O setor da construção no Japão é conhecido por ter laços com a Yakusa, organizada em grandes grupos que contam com sedes abertas e identificadas freqüentemente com logotipos.




Fonte: EFE

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