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Economia
Terça - 17 de Abril de 2007 às 09:06

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente venezuelano, Hugo Chávez, lançaram a pedra fundamental de um projeto petroquímico conjunto da Braskem, a maior petroquímica brasileira, e da estatal venezuelana Pequiven, com investimento total de US$ 3 bilhões.

São duas fábricas que vão produzir resinas termoplásticas, como polipropileno, polietilenos e outros derivados, a partir do gás natural extraído do Caribe.

As unidades ficam no complexo petroquímico José, na cidade de Barcelona, no Estado de Anzuátegui, no norte da Venezuela, a 300 quilômetros da capital, Caracas.

A produção de polipropileno começa em 2009, e a unidade de derivados de eteno começa a produzir em 2011.

O presidente Lula disse que “durante décadas” a riqueza natural da região foi levada para fora e que agora se abria a oportunidade de que ela servisse ao desenvolvimento dos próprios países sul-americanos.

Ele lamentou que o projeto tenha demorado a sair do papel. “Às vezes as coisas demoram mais do que nós gostariamos que demorassem. Às vezes, entre a vontade politica e a possibilidade de realização de um projeto, há um prazo maior”, afirmou Lula.

“Este projeto será de irmão a irmão, 50% e 50%, mas como está em território venezuelano, teremos o gerenciamento estratégico do negócio. Nossa prioridade é o mercado nacional”, afirmou Chávez no discurso.

Mas o diretor da Braskem, Alexandrino de Alencar, disse que nos próximos anos a maior parte da produção será destinada aos Estados Unidos, porque o mercado doméstico venezuelano ainda é muito pequeno.

Apesar disso, o presidente venezuelano fez um discurso anti-americano, e disse que o novo projeto deve impulsionar o desenvolvimento do país.

O presidente Lula “cobrou” da Braskem um investimento semelhante também na Bolívia, que já havia sido mencionada na visita do presidente Evo Morales a Brasília, em fevereiro.

“Já tinha comentado com o Emilio Odebrechet (controaldor da empresa) que precisamos fazer um pólo petroquímico também na Bolívia, para que a gente possa transformar parte da riqueza do gás da Bolívia”, afirmou Lula.

O presidente da Braskem, José Carlos Grubisich, disse que a empresa vai esperar para ver como fica a relação entre a Petrobras e a YPFB. “O capital acompanha a racionalidade econômica”, afirmou.

Segundo Grubisich, para que o projeto seja viável o fluxo de gás no gasoduto Brasil-Bolívia precisa ser de no mínimo 35 milhões de metros cúbicos ao dia. O volume atual é de 30 milhões de metros cúbicos ao dia.

Além de Lula e Chávez, participaram da cerimônia os presidentes da Bolívia, Evo Morales, e do Paraguai, Nicanor Duarte Frutos, que pegou carona no avião presidencial brasileiro.





Fonte: BBC Brasil

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