Crescem denúncias de sites com abuso sexual de crianças
Segundo a IWF, o aumento no número de casos descobertos ocorreu em parte por causa da melhora nos processos de recebimento de denúncias da própria organização.
O relatório revelou também uma escalada na severidade das imagens. Mais de três mil páginas continham imagens mostrando abusos sérios, como atividades sexuais envolvendo penetração ou sadismo. Muitas das crianças envolvidas têm menos de 12 anos de idade.
“As imagens que estamos vendo são predominantemente de crianças pequenas, pré-adolescentes”, disse Peter Robbins, presidente do IWF.
“Elas não têm escolha. Não há consentimento, elas estão sendo estupradas”, disse.
A organização descobriu cerca de mil sites comerciais vendendo imagens de crianças sendo estupradas, predominantemente meninas novas.
Tecnologia
O relatório também mostrou como pedófilos têm cada vez mais conhecimentos de tecnologia para evitar serem pegos.
Alguns sites comerciais de abuso infantil administrados por gangues criminosas dividem cada imagem e distribuem os fragmentos em vários servidores ao redor do mundo. Esses fragmentos somente são reunidos quando um pedófilo baixa a imagem.
Outros sites apenas aparecem na internet por curtos períodos de tempo, ou mudam de servidores regularmente entre países com legislações diferentes.
Com essa tática, a polícia nunca tem tempo suficiente para reunir provas suficientes para retirar um site do ar. Um desses sites, por exemplo, foi denunciado 224 vezes ao IWF desde 2002.
Os sites de troca de arquivos de imagens também estão sendo usados para o compartilhamento de fotografias com conteúdo pedófilo.
Mas, segundo Peter Robbins, as empresas que administram esses sites geralmente não sabem que suas páginas estão sendo usadas com essa finalidade. “Quando chamamos a atenção deles para esses arquivos, eles os retiram do ar rapidamente.”
Geografia
Segundo o IWF, quase 55% das imagens de abuso infantil estão baseadas em servidores dos Estados Unidos, enquanto a Rússia contém 28%.
Os Estados Unidos contém mais imagens por causa de seu acesso à tecnologia e sua geografia, segundo a organização.
“Por causa de seu tamanho, é inevitável que eles apareçam no topo de nosso radar”, disse Robbins.
Ele afirmou também que a maioria das denúncias é de imagens contidas em sites comerciais, pois, muitas vezes, pessoas que procuram pornografia ou clicam em spams acabam chegando a essas imagens.
Muitas das denúncias são feitas através do site da IWF e podem ser realizadas de forma anônima.
A organização é patrocinada pela União Européia e pela indústria de internet da Grã-Bretanha.
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