Presidente da Beija-Flor nega fraude no Carnaval

O presidente de honra da Beija-Flor, Aniz Abraão David, o Anísio, disse na tarde desta segunda-feira que não houve manipulação em prol da escola para que ela vnecesse o Carnaval deste ano no Rio de Janeiro. Segundo seu advogado, Ubiratan Guedes, Anísio disse que "quem viu o Carnaval sabe que não precisava de manipulação" para que a Beija-Flor vencesse.

A suspeita de irregularidade foi levantada ontem pelo delegado federal Emanuel Henrique Oliveira, um dos responsáveis pela Operação Furacão, que prendeu Anísio e outras 24 pessoas suspeitas de envolvimento em jogos ilegais.

Guedes disse ainda que seu cliente está pedindo para ser ouvido novamente pelos delegados da PF para explicar que não houve manipulação e que não há sentido na acusação de que houvesse um esquema montado com a sua ajuda, dentro da PF e do poder Judicário, para prejudicar Antônio Petrus Kallill, o Turcão, que seria seu desafeto.

Ele informou que Anísio está dividindo a cela com Turcão e está prestando cuidados especiais a ele: "(Turcão) é um senhor de 82 anos e quem está dando atenção especial a ele, oferencedo água, dando remédios, ajudando a levantar, é o Anísio".

Guefes informou ainda que, durante o depoimento prestado ontem, Anísio informou à polícia federal que, dos US$ 47 mil apreendidos em sua casa, US$ 40 mil já haviam sido declarados no Imposto de Renda e os outros US$ 7 mil seriam informados à Receita na próxima declaração.

Questionado se ele explicou porque guardava tanto dinheiro em casa, Guedes disse que era para o pagamento de pendências, e que cada um escolhe a melhor forma de guardar o seu dinheiro. "Talvez ele não confie em banco, tem que perguntar pra ele. Não tem lei que proíba ninguém de ter dinheiro em casa. Tem gente que guarda dinheiro na cuéca", ironizou.

O advogado avisou ainda que seu cliente nega ter qualquer envolvimento com jogos ilegais no Rio de Janeiro: "ele quer prestar novo depoimento para dizer que isso é uma loucura".