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Internacional
Segunda - 16 de Abril de 2007 às 18:33

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O desacordo e a desorganização entre as nações mais ricas do mundo estão minando os esforços para remediar a miséria e o desespero nos países mais pobres do planeta, afirmaram hoje a Organização das Nações Unidas (ONU) e outras instituições internacionais de peso. O secretário-geral da ONU, Ban-Ki Moon, disse a representantes da Organização Mundial de Comércio (OMC), do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial que as nações ricas estão falhando em cumprir promessas de aumentar a ajuda aos países em desenvolvimento. Segundo ele, a ajuda teve queda de 5% no ano passado.

O secretário-geral afirma que o processo de distribuir a ajuda é "desnecessariamente complicado, fragmentado e coordenado de maneira fraca. Freqüentemente, a ajuda é guiada mais pela política que pela necessidade, minando o seu efeito," Ban disse durante o encontro anual do Conselho Econômico e Social da ONU com as organizações financeiras internacionais e a Conferência de Comércio e Desenvolvimento da ONU.

Ban e outros palestrantes mostraram alguns progressos baseados no Consenso de Monterrey - um acordo internacional de 2002 ocorrido na cidade mexicana, para reduzir a miséria e as doenças - a na Rodada do Milênio, que clama aos governos cortar pela metade a pobreza extrema, brecar a propagação da Aids e levar a educação elementar a todas as crianças, além de expandir o acesso a água potável a todos, até 2015.

Alejandro M. Werner, dirigente dos comitês para as metas no FMI e no Banco Mundial, que aconselha as duas entidades em projetos de ajuda internacional, disse que o forte crescimento da economia está ajudando a reduzir a pobreza, a primeira das metas da Rodada do Milênio. Mas ele citou "resultados díspares" nas outras metas, como universalizar o ensino elementar, reduzir a mortalidade infantil, a subnutrição e as mortes no nascimento. Segundo ele, dar maior controle às mulheres sobre suas vidas, no mundo inteiro, é a chave para atingir todas as metas da Rodada do Milênio.

Valentine Rugwabiza, delegada da direção geral da OMC, instou ao progresso na Rodada de Doha, metas que começaram a ser negociadas em 2001 para as nações chegarem a um acordo mundial de comércio, que reduziria tarifas e incrementaria o comércio. As negociações para a Rodada de Doha estão em impasse e os países participantes, entre eles o Brasil, pediram mais um ano para concluí-las. "O tempo está se esgotando. Falhar significaria que os países em desenvolvimento perderiam uma oportunidade que aparece uma vez em cada geração, para exportar mais produtos aos países ricos", ela acredita.





Fonte: AE-AP

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