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Cidades/Geral
Segunda - 16 de Abril de 2007 às 15:43

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Servidores públicos federais de todo país iniciam nesta terça-feira (17) campanha de reajuste salarial com paralisação nacional de 24 horas. Em Mato Grosso, por exemplo, os servidores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) aderiram à paralisação da categoria, e devem suspender as atividades amanhã.

Um ato público na praça Alencastro, centro de Cuiabá, amanhã, às 16h, irá marcar o começo da campanha salarial. A mobilização vai envolver servidores do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica e Profissional (SINASEFE), dos Servidores Públicos Federais em Mato Grosso (SINDSEP-MT), dos Trabalhadores em Educação da Fundação Universidade de Mato Grosso (SINTUF/MT), Associação de Professores Federais de Mato Grosso (Adufmat), entre outros.

Durante o ato haverá shows com artistas regionais. Já confirmaram a presença a cantora Vera Capilé e o Coral da UFMT. Os servidores cobram reajuste salarial. Atualmente, um professor federal, do quadro de profissionais efetivos da UFMT, recebe em média R$ 3 mil de salário. Contudo, R$ 2.3 mil são de gratificações e R$ 770 de vencimento básico.

"A gratificação não é vencimento. Não tem garantia Constitucional. Tanto que, quando eu me aposentar o que vai contar mesmo é o vencimento básico de R$ 770", afirmou a professora do Departamento de Sociologia e Ciências Políticas da UFMT, Juliana Ghisolfi.

Nos últimos anos, o salário dos professores, por exemplo, foi aumentado apenas com gratificações, que, segundo Juliana, foram criadas para evitar que o governo dê aumento salarial.

O último reajuste salarial ocorreu no ano de 2005. Foram acrescidos apenas 0,01% ao salário dos servidores federais.

Greve

Segundo a professora Juliana, o ato de amanhã vai ser apenas uma paralisação para "darmos início a campanha de negociações de reajuste salarial com governo federal". Ela contesta a ameaça de greve. "Não há indicativo de greve", afirma Juliana.

Em 2005, a direção nacional do Sindicato dos Servidores Públicos Federais (Sindsep) aprovou um indicativo de greve. A categoria reclamava da proposta de reajuste salarial de 0,01% encaminhada pelo presidente do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, ao Congresso Nacional.

À época, em entrevista ao RMT Online, o presidente do Sindsep-MT, Washington Galvão, tachou de absurdo o reajuste proposto. "O presidente Lula pediu um prazo para analisar nossa pauta até o próximo dia 23. Caso não formos atendidos, vamos entrar em greve", ameaçou. Eles entraram em greve naquele ano.

A greve dos servidores públicos federais durou mais de 19 dias. Em Mato Grosso, 11 órgãos aderiram ao movimento. Três tiveram 100% das atividades suspensas. São eles Fundação Nacional do Índio (Funai), o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e a Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

No Centro Federal de Educação Tecnológica (Cefet), e na UFMT, os alunos ficaram sem aula, com as atividades administrativas funcionando normalmente.

A categoria pedia recomposição salarial de 18%. Entretanto, os servidores foram vencidos pelo governo. Eles cobravam ainda a realização de concurso público, plano de cargo, carreira e salários e paridade entre ativos inativos, entre outras reivindicações.





Fonte: RMT-Online

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