Incra vai à Justiça para reaver sede invadida por sem-terra
Enquanto isso, estão suspensas as negociações entre governo e os sem-terra. A direção do Incra informou, por meio de sua assessoria, que exige a desocupação do prédio para negociar as reivindicações dos sem-terra. Um porta-voz do movimento disse que a exigência ainda vai ser avaliada.
"Estamos abertos ao diálogo, mas o governo está desacreditado com os trabalhadores porque demora muito a nos atender", disse Valter Melo, da coordenação do MST no Distrito Federal. A Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) e o Movimento de Apoio aos Trabalhadores Rurais (MATR) também são responsáveis pela invasão.
Segundo o MST, 800 famílias estão em pelo menos 9 dos 23 andares do edifício, número que diverge da Contag, que fala que são ao todo 700 pessoas. Os sem-terra entraram no prédio de madrugada e depois impediram a entrada dos funcionários. Eles trouxeram colchões e utensílios de cozinha para dentro do prédio. Não há informações sobre feridos.
De acordo com a Assessoria de Imprensa do Incra, o pedido de reintegração de posse foi feito após os sem-terra se recusarem a desocupar o edifício para a retomada das negociações entre as partes. Os sem-terra pedem o assentamento de 1.800 famílias que estão acampadas no entorno do Distrito Federal, e a exoneração do superintendente do Incra no Distrito Federal, Renato Lordello.
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