Novas jazidas tornam Mato Grosso campeão em produção de calcário
“Já começamos a ter retorno desses projetos logo após o lançamento do Mapa Geológico e de Recursos Minerais, quando registramos em 2005 cerca de 450 requerimentos de pesquisa mineral, transformando Mato Grosso no 6º estado brasileiro com maior número de alvarás publicados. Temos certeza que após a finalização desses levantamentos geológicos básicos os grandes grupos do setor de mineração irão considerar Mato Grosso como um investimento de boas perspectivas na prospecção e pesquisa mineral com tempo e custo reduzido”, ressalta o secretário Alexandre Furlan, de Indústria, Comércio.
Os projetos de geologia e recursos minerais foram iniciados em 2003, quando foi firmada uma parceria entre o Governo do Estado, por meio da Secretaria de Indústria, Comércio, Minas e Energia (Sicme) e o Governo Federal, em parceria com o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) para Elaboração do Mapa Geológico e Recursos Minerais do Estado de Mato Grosso, na escala 1:1.000.000.
A partir desse convênio foram firmadas outras parcerias que resultaram na elaboração do Sistema de Informação Geoambiental de Cuiabá, Várzea Grande e Entorno (SIG), no Projeto de Geologia e Metalogenia da Província Aurífera Juruena/Teles Pires, o Projeto Rochas Calcárias e Fosfatadas para Insumos Agrícolas do Estado de Mato Grosso. Atualmente encontra-se em fase de conclusão o Mapeamento Geológico de Três Folhas (Aripuanã, Tapaiúna e Juína), denominado Projeto Noroeste de Mato Grosso, na escala de 1:250.000, e a primeira etapa do Levantamento Aerogeofísico do Estado de Mato Grosso. Os convênios assinados entre a Sicme e CPRM foram no total de R$ 14,4 milhões para elaboração desses projetos, sendo R$ 6,3 milhões do Governo do Estado por meio da Sicme e R$ 8,1 milhões por parte da CPRM.
Mapa Geológico
O Estado de Mato Grosso conta com uma ferramenta que dá uma dimensão do potencial mineral existente na região: o Mapa Geológico e de Recursos Minerais de Mato Grosso. O trabalho reúne informações geológicas, geoquímicas, geofísicas, geotécnicas e de recursos minerais disponíveis, imagens de satélite, banco de dados, mapas e textos explicativos. Esse acervo servirá para impulsionar a visão estratégica e econômica do Estado. O material pode ser usado por pesquisadores e interessados em investir na região.
SIG
O Projeto Sistema de Informação Geoambiental de Cuiabá, Várzea Grande e Entorno foi finalizado em 2006. Este projeto objetiva auxiliar a gestão e o planejamento da região, através de informações como a geologia, geomorfologia, hidrologia, hidrogeologia, geoquímica, recursos minerais e estudos de solos e aptidão agrícola.
Com essas informações é possível aprimorar investimentos e atividades da região, que vão desde materiais para construção civil a incrementos para produção agrícola, abastecimento de água e insumos para a atividade industrial, visando melhorar a qualidade de vida da população e preservação ambiental.
Rochas Calcárias
Por meio do Projeto Rochas Calcárias e Fosfatadas foram identificados em diferentes regiões do estado insumos minerais como calcário e o fosfato, utilizados na agricultura para a melhoria do solo. Praticamente em todas as regiões, novas jazidas de calcário já foram identificadas, o que confere a Mato Grosso o título de maior produtor de calcário do Brasil.
Projeto Noroeste de Mato Grosso
O Mapeamento Geológico na escala 1:250.000 e Prospecção Geoquímica Regional, denominado Projeto Nordeste de Mato Grosso, abrange uma área de 54.000 km2 englobando três folhas: Aripuanã, Tapaiúna e Juína.
No trabalho de mapeamento está sendo elaborado um banco de dados com informações sobre geologia, petrografia, geocronologia, paleontologia, recursos minerais e metalogenia em meio digital.
A região abriga uma das maiores províncias kimberlíticas (rocha fonte de diamante) do país, além da ocorrência de minerais polimetálicos. O levantamento dos dados de campo está concluído, porém a fase de análise das amostras coletadas está em fase de conclusão. “No mês de julho será feita a entrega desse trabalho e a divulgação dos resultados”, afirma o diretor de Geologia e Recursos Minerais do CPRM, Manoel Barreto.
“A região carecia de um estudo de conhecimento geológico. Com este Projeto desenvolvido pelo Governo do Estado, em parceria com o CPRM, a atividade mineral terá impulso considerável na região”, avalia o secretário Alexandre Furlan.
Aerogeofísico
O Levantamento Aerogeofísico será executado em uma área de aproximadamente 120 mil Km2. Na primeira etapa o recobrimento será de uma área de 46 mil Km2. A área foi selecionada em função do seu ambiente geológico propício a hospedar jazidas de interesse econômico.
O Levantamento utiliza métodos de magnetometria e gamaespectometria capazes de detectar anomalias até uma profundidade de 19 Km. Esses métodos são eficazes para descoberta de jazidas nas lavras de difícil acesso.
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