Cuiabá tem a gasolina mais cara do país
No ranking entre os estados, o podium também é nosso: a média do combustível é de R$ 2,923. Os dois valores ultrapassam os preços em vigor no Acre, Amazonas, Goiás, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Norte e Paraná, por exemplo. Os números fazem parte do último levantamento da Agência disponibilizado até o final da manhã de ontem, que aferiu o comportamento do segmento no período de 1 a 7 deste mês.
O alerta para o ranking de preços da gasolina veio do promotor da 5ª Promotoria de Defesa do Consumidor e da Cidadania, Ezequiel Borges de Campos. A “abusividade” na revenda de combustíveis no Estado é objeto de uma representação encaminhada à Secretaria de Direito Econômico (SDE) do Ministério da Justiça, em Brasília. 119 postos de Cuiabá e 65 de Várzea Grande foram denunciados pelo Ministério Público Estadual (MPE).
A escalada de preços garante ainda ao Estado um valor médio ao combustível 16% acima do que foi detectado pela ANP no país, que é de R$ 2,514. Enquanto a média brasileira revela ainda preço máximo de R$ 3,300 e mínimo de R$ 2,119, Mato Grosso apresenta máxima de R$ 3,230 e mínima de R$ 2,799. Alta Floresta (800 quilômetros ao norte de Cuiabá) tem o combustível mais caro do Estado, com média de R$ 3,204 e máxima de R$ 3,230. Já Rondonópolis (210 quilômetros ao sul de Cuiabá) possui o menor valor de bomba no Estado: R$ 2,799 (valor mínimo).
Em relação a Cuiabá, os valores são os seguintes, de acordo com a ANP, média de R$ 2,919, mínima de R$ 2,850 e máxima de R$ 2,959. Para efeito comparativo, o mesmo levantamento mostra média de preços em R$ 2,505 no Amazonas, R$ 2,831 em Alagoas, R$ 2,528 no Amapá, R$ 2,427 no Distrito Federal, R$ 2,578 no vizinho Mato Grosso do Sul e R$ 2,749 no Tocantins.
“Se a logística pesa na composição dos preços finais ao consumidor, como explicar que estados mais distantes de Mato Grosso, como Rondônia e Roraima, possam ter média abaixo do que vigora atualmente aqui?”, questiona o promotor. As médias nestes dois estados são respectivamente de R$ 2,614 e de R$ 2,726, 11% e 7,2% acima da média mato-grossense.
Comentários